Em defesa do último reduto socialista
26/03/12 19:24Foram-se quase todas as comunidades autônomas, o governo central, a maioria do Parlamento, o apoio público.
Ano passado, o partido socialista espanhol perdeu todos esses redutos depois de três anos de crise e críticas ao seu então representante máximo, o ex-premiê José Luis Rodríguez Zapatero, por não conseguir recuperar a economia e os empregos no país.
Restava aos socialistas somente a região da Andaluzia, no sul da
Espanha, seu reduto histórico. A enorme e poderosa comunidade autônoma (espécie de Estado, só que com mais poder e autonomia), ainda controlada pelo PSOE, passou no domingo por eleições para renovar o Parlamento e escolher novo presidente (aqui quem governa as comunidades autônomas tem status de presidente).
As principais pesquisas indicavam vitória com folga dos conservadores do Partido Popular, sigla do atual premiê Mariano Rsjoy, que tomariam o último reduto socialista na Espanha.
Não foi assim.
Os populares venceram, mas com margem apertada (50 cadeiras, contra 47 do PSOE), e sem conseguir maioria absoluta no Parlamento para poder governar (55 cadeiras).
A carta na manga dos socialistas foi o resultado surpreendente do IU (Esquerda Unida, na sigla em espanhol), que nas eleiçōes gerais do fim do ano passado já haviam crescido no Parlamento. Nas eleições da Andaluzia, dobraram sua participação (de seis para 12 cadeiras), e agora devem se aliar aos socialistas para que estes continuem no poder.
Alguns dizem que já é sinal de desgaste do premiê Mariano Rajoy que, desde que assumiu o cargo, no fim do ano passado, vem fazendo cortes atrás de cortes, reformas atrás de reforma, de olho na meta de déficit imposta pela União Europeia.
E os espanhóis, embora estivessem bem insatisfeitos com Zapatero, não aguentam mais falar em austeridade.
Ao menos foi o que escutei, hoje, de duas senhoras na fila do supermercado aqui em Madri: “achavam que o PP levaris Andaluzia, mas quem mandou fazer tanto corte”, disse uma à outra.
Ótimo que os socialistas já não dominam a Espanha, nós católicos conseguimos manifestar a nossa indignação quanto a política econômica capenga de Zapatero e sua política radical anti vida, a ajuda do Vaticano frente as dioceses deu resultado e agora vamos alterar profundamente a política covarde pró aborto imposta pelo governo socialista.
O PP do premiê espanhol foi o mais votado na eleição na Andaluzia – depois de muitos anos!
Fato inédito praticamente!
Dizer que isso é sinal de desgaste não tem a menor lógica!
A Espanha tem que fazer cortes sim….
A Espanha não produzia o que gastava, entende ?
É matemática simples:
Se uma nação gasta 10 bilhões, ela tem que produzir 10 bilhões.
Tem espanhol que ainda não entendeu essa matemática simples e querem continuar a receberem os “direitos” que acham que tem…. sem entretanto produzirem os respectivos deveres na quantia certa.
Assim não dá, vão ter que se endividar de novo …