Resgata, não resgata
05/06/12 05:41Ao longo da semana passada, muito se discutiu por aqui se a Espanha vai ou não precisar de um resgate financeiro –ou seja, uma intervenção externa.
Especialistas estão dividios. Uns acham que o país ainda tem bem mais solvência do que tinham Portugal, Grécia e Irlanda quando sofreram intervenção. Os mais céticos com a economia espanhola acham que o país não aguentará a pressão das altas contínua do prêmio de risco –o diferencial entre o valor pago pela emissão de títulos da dívida na comparação com a mesma operação na Alemanha.
A União Europeia se uniu a essa turma pró-resgate, segundo afirma o “El País”. Reportagem do jornal deste domingo sustenta que, em Bruxelas, os altos cargos já dão como certo o resgate espanhol. Cita também uma matéria do semanário alemão “Der Spiegel”, com grande repercussão por aqui, afirmando que o governo de seu país sugeriu, para não dizer que pressionou, que a Espanha recorresse ao fundo de resgate europeu.
A intervenção externa é um recurso que o premiê espanhol, Mariano Rajoy, quer evitar a todo custo –ainda que este custo se traduza em mais cortes à população. Ele não quer que a Espanha caia no mesmo “saco” de vizinhos europeus já resgatados, que sofreram crise de credibilidade ante os mercados e, segundo a maioria das análises por aqui, ainda vão demorar muito para conseguir se financiar sozinhos de novo.
A saída mais viável para o governo é recapitalizar seus bancos com mais emissão de títulos da dívida. O problema é que, com o prêmio de risco alto, fica cada vez maid difícil para o governo conseguir vender um volume de títulos compatível com o que necessita.
Para muita gente aqui, esta semana vai ser determinante para definir se a Espanha resistirá ao resgate ou se unirá à turma da intervenção.
desculpe o atraso do coment, mas como só agora descobri seu excelente e interessante blog, gostaria de acrescentar que estive na Espanha pela ultima vez em 98, que blz. Agora com a terrivel crise, por aqui até ja saiu o boato de que o Bradesco iria comprar o Santander. Claro que não passou de boato
segundo G. SOROS , o Euro tem menos de 4 meses de vida !
1) no último “a” do texto faltou uma crase; 2) “em Bruxelas, altos cargos” é espanholismo, em brasileiro se diria altos funcionários.
existe “em brasileiro”?