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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Quando nem a Grécia salva

Por Luisa Belchior
18/06/12 21:25

Não é que a Espanha achava que seria salva pela vitória da direita nas eleições da Grécia deste domingo. Mas ninguém esperava que, mesmo com o êxito dessa direita –que defende a permanência grega no euro–, os mercados fossem pressionar ainda mais o país.

Foi o que aconteceu nesta segunda-feira: houve recorde histórico nos juros pagos pela dívida pública e no prêmio de risco –os dois principais medidores da confiança, ou desconfiança, do mercado.

Assim, mesmo com o respiro que a Grécia deu à Europa e com o resgate aos bancos espanhóis na semana passada, o alerta de uma intervenção financeira na Espanha voltou a soar por aqui. Hoje, o país já voltou a se questionar se, depois do resgate aos bancos, virá o resgate ao país.

O principal indicador foi que os investidores exigiram mais juros para comprar dívida pública do país. O índice chegou a 7,25%, bem perto do que Portugal e Grécia pagavam por suas dívidas quando tiveram que ser resgatados. As eleições gregas eram o último sopro de esperança para a Espanha. Agora, ninguém sabe mais por aqui o que fazer para domar essa desconfiança dos investidores.

Um relatório divulgado semana passada pelo ECFR (Conselho Europeu de Relações Exteriores, na sigla em inglês), o think tank da UE, sobre os possíveis cenários para a Espanha alertava que a intervenção financeira pode, a longo prazo, provocar a saída do país do euro. Isso porque o socorro provocaria mais cortes sociais, afetando a opinião pública, a estabilidade política e, com isso, a governabilidade do país.

Esse dias de Eurocopa, voltando ao tema do post anterior, têm amenizado a tempestade econômica. Hoje, o repórter que acompanhava o jogo da Espanha contra a Croácia na arquibancada do estádio resumiu o sentimento dos torcedores após a vitória que garantiu ao país ibérico a liderança no seu grupo:  “Aqui ninguém entende de prêmio de risco”.

 

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. David Mosk comentou em 21/06/12 at 8:55 pm

    Quando será que a comparação de esportes com política, nos trará a mesma eficiencia, hoje em dia por que não dizer excelencia, encontrada nos atletas e preparadores?
    Será que o recado dos esportes, só é visto pelo povo, e Jornalistas ao evidenciar este sucesso no meio de tanta crise? Será que deveríamos eleger atletas e preparadores?

  2. Neco comentou em 20/06/12 at 6:53 pm

    Luisa, desculpe a curiosidade, mas gostaria de mencionar um detalhe nacionalista que talvez vc poderia confirmar ou não. Trata-se em suma da pergunta:
    1. vc é brasileiro, não eu sou gaúcho.
    2. vc é alemão, não eu sou bavaro
    3. vc é espanhol, não, sou catalan.
    Esse item 3 confere ou não ? Os itens 1 e 2 servem apenas como exemplos de um bairrismo exagerado. Imagino que na Espanha ainda exista um Item 4 quando se fala dos bascos.

    • Luisa Belchior comentou em 21/06/12 at 7:57 pm

      Oi Neco,
      Isso costuma acontecer sim. O catalão não costuma negar sua condição de espanhol, mas em geral frisa a de catalão.
      abs!

  3. karla comentou em 20/06/12 at 4:43 pm

    curioso como o esporte se sobrepõe a qualquer momento de crise.

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