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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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A 'marolinha' da classe alta na Espanha

Por Luisa Belchior
21/06/12 20:42

Esta semana um leitor questionou a presença massiva de torcedores espanhóis nas arquibancadas da Eurocopa apesar da crise que o país vive. Queria saber se há uma camada da população que não foi economicamente afetada.

Em geral, todos foram afetados de alguma maneira –desde famílias que passam fome às que reduziram viagens na primeira classe–, mas de fato as camadas mais altas sentiram menos a tormenta.  Foi isso que mostrou um estudo do Bank of Canadá divulgado esta semana.

A publicação, que mostra o comportamento de classes altas no mundo inteiro, repercutiu bastante por aqui porque mostrou que o número de espanhóis com um patrimônio igual a superior a US$ 1 milhão caiu pouco. De 141 mil pessoas em 2010, passaram a 137 mil no ano passado, uma contração de 2,6%.

Não deixa de ser uma queda significativa, já que a média mundial do patrimônio dessa turma caiu menos que os espanhóis, 1,7%, e de países como o nosso Brasil subiu 6,2%. Mesmo assim, para esses afortunados espanhóis o tsunami chegou como uma marolinha, segundo mostra o estudo.

É um espanhol, por exemplo, o novo homem mais rico da Europa, de acordo com índice da “Bloomberg” divulgado na semana passada: Amancio Ortega, fundador da Inditex, grupo que controla a marca de roupas Zara. Sua fortuna, diz o índice, se situa na casa dos 31 bilhões de euros. Nesta semana, a marca anunciou a compra de um edifício inteiro na Oxford Street de Londres por nada menos que 200 milhões de euros.

Aqui em Madri, essa riqueza mais excessiva que a média é ainda bem visível em alguns bairros e serviços para a classe alta que não dão sinais de crise. Em bairros como os de Salamanca e Arturo Soria,  lojas de marca estão sempre cheias e há filas em bares e restaurantes todos os fins de semana.

 

 

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. Manuel comentou em 27/06/12 at 5:19 am

    Óbvio. Madrid é a capital e o centro do país, sede de inúmeras empresas nacionais e internacionais. Para além disso são inúmeros os visitantes que, ora a negócio ora a lazer, se cruzam na cidade – logo muitas das lojas, bares, restaurantes e teatros continuarão cheios.
    Seria demagógico apontar o dedo ao consumo, se o próprio consumo é um dos pilares de qualquer economia.
    Parece-me que há uma mistificação do que esta crise realmente é. Talvez porque seja fonte inesgotável de assunto, talvez porque sirva de manobra de diversão para outros temas…talvez.

  2. Neco comentou em 24/06/12 at 9:19 pm

    Luisa – muito legal seu artigo. Pode até ser que alguem se assuste ou duvide que no momento o homem mais rico da Europa é um espanhol – em plena crise. Esses dias um conhecido voltou de viagem a Espanha, Paris e Italia. Disse que na Espanha não notou nada de crise. Portanto….
    E a torcida continua incentivando muito a Furia na Ucrania. Agora vamos ter um jogo de vizinhos irmãos na 4ª feira.
    Tudo indica que a finalissima vai ser entre España e Alemanha.

    • Luisa Belchior comentou em 28/06/12 at 7:05 am

      Obrigada Neco.
      Assim como o seu amigo, muita gente chega aqui e me pergunta onde está a tal da crise também!
      abs.

  3. Pedro comentou em 22/06/12 at 7:22 pm

    Muitas cadeias na Espanha tem piscina coberta. Podem procurar no google: “carcel piscina”
    O problema de crise, que eu vivi, ta na hora de ficar sem emprego. Ai que a coisa fica complicada. Porque os espanhois, como agora tambem començam os brasileros, estão endividados. A maioria paga uma hipoteca de entre 500 e 1000 euros por mes, alem do cartão de credito e demais gastos.
    Tambem é uma crise que afeta muito a administrão publica. São as prefeituras e o estado os que estão sem grana e claro, tem que tirar de onde puder, e esse “onde” e o povo que ve que salario diminui e contas aumentam.

  4. Sandra G comentou em 22/06/12 at 6:35 pm

    Pois é, isso me intrigava, como um país com uma crise financeira noticiada continuamente nas primeiras páginas dos jornais continua com uma vida social tão intensa, teatros lotados, restaurantes cheios, lojas com filas, torneios esportivos e ainda por cima com o homem mais rico da Europa!

    • raimundo comentou em 23/06/12 at 3:40 am

      Pois é……Tenho uma prima que passou em primeiro lugar em concurso na Espanha…O edital garantia sua nomeação…Não foi o q aconteceu…indignada voltou ao Brasil.Trabalha e está muito bem…Seu marido, espanhol veio com ela e está muito bem empregado em Suape-Pernambuco. A propósito o homem mais rico da Europa não é mais rico que os cinco mais ricos do Brasil…..

  5. David Mosk comentou em 22/06/12 at 11:04 am

    O comentario sobre imoveis esta errado, pois quem tem mais de 1, tem a renda de alugueis, e sabe que o lastro imobiliario é 1 super garantia.

    • Luisa Belchior comentou em 22/06/12 at 11:25 am

      É verdade David.

  6. Pedro comentou em 22/06/12 at 6:46 am

    Vocês esquecem que se a Espanha tem um 25% de desemprego, é que tem um 75% de empregados. É claro.
    Qualquier desses empregados pode ir pra eurocopa. Qual é o salario de um professor na Espanha? De um funcionario dos correios? Um enfermeiro? etc etc
    Eu gostaria ter essa crise aqui no nordeste, no interior de Pernambuco. Gostaria ter decimoquarto salario, Saude e educação publica como a da Espanha. Gostaria ter aquelas rodovias, aquele trem bala e assim por diante…
    Eu vejo que as veces a crise da Europa serve pra esconder a nossas carencias.

    • Luisa Belchior comentou em 22/06/12 at 8:11 am

      Oi Pedro,
      Boa ressalva. Acho que é por aí: a crise na Europa tem que ser comparada com o que havia antes na própria Europa, e não se pode achar que o Brasil está melhor porque não está em crise.
      abs,
      Luisa.

  7. Josue' comentou em 22/06/12 at 4:55 am

    Cara , eu vivo aqui na Europa ha 20 anos e a Sr. Belchior esqueceu de acrecentar a desvalorizaçao da famosa Bolha Imobiliaria , quem tinha 1 milhao em imoveis , hoje possui a metade do valor e nao consegue vender .
    —Na Italia Berlusconi disse a mesma coisa sobre Bares e Restaurantes , depois de um mes Berlusconi caiu como Governo e a Italia e’ a Prossima da lista de falimentos .

    • Luisa Belchior comentou em 22/06/12 at 5:20 am

      Olá Josue,
      Obrigada pelo comentário. Eu não esqueci, é que “guardei” o tema para um próximo post sobre esse assunto, ele é tão complexo aqui na Europa que acho que merece ser tratado sozinho.
      Você vive na Itália? Conte a sua experiência se quiser!
      abs,
      Luisa.

  8. Rafael Alves comentou em 22/06/12 at 3:24 am

    Tambem creo que as ultimas mudancas feitas pelo novo governo espanhol nao atingem os afortunados espanhois.

    Mudanda das leis trabalistas em que o trabalhador tenha que trabalhar mais, ganhando menos e o pior, com menos direitos.

    Cortes de gastos e aumento de tarifas na edudacao e saude publica.

    Aumento excessivo do preco de transporte publico que seguira oferecendo menos servicos que anteriormente.

    Ha muito mais coisas, mas quem realmente e afetado com estas mudancas em tempos de crise?

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