O voo 5022, quatro anos depois
20/08/12 15:53Há exatos quatro anos a Espanha viveu um de seus piores acidentes aereos. Um avião da extinta Spanair explodiu no ar logo após uma tentativa de decolagem do aeroporto de Barajas, em Madri, e 154 passageiros, um deles um brasileiro morreram. Apenas 18 sobreviveram.
Nesta segunda-feira, além de homenagear as vítimas, as associações de familiares das vítimas e de piloto lembraram também alguns buracos na investigação das causas do acidente. Como no caso do voo 447 da Air France, que em maio de 2009 caiu no Atlântico provocando a morte de 228 pessoas, eles acham que as conclusões sobre a queda do voo 5022 da Spanair são simplistas, apontando para erro humano e ocultando falhas do avião.
Há um ano, a agência de aviação civil apresentou informe sobre o caso em que apontava falha humana e encerrou o caso. Com o documento, o juiz que julgava o caso o deu por encerrado, condenando apenas funcionários que revisaram o avião em terra e autorizaram o voo.
Hoje, há um total de 14 recursos contra a decisão.
Sindicatos de pilotos pedem que se reabra a investigação da agência de aviação civil para saber por que a aeronave não emitiu um aviso, ou se os pilotos levantaram voo mesmo com os avisos.
Acham que o fabricante do avião, a Boeing, e a Spanair, também têm responsabilidade sobre o caso. A primeira por fabricar um avião com uma falha e a segunda, por não detectá-la. A associação dos familiares diz esta convencida, por relatórios alternativos, de que havia uma falha no avião, um Boeing MD-82, e afirma que aeronaves do modelo que continuam a operar pelo mundo podem ter o mesmo problema.
O avião, que tinha as Ilhas Canárias como destino, caiu segundos depois de decolar, ainda na pista de Barajas, por problemas técnicos. A investigação da agência de aviação civil concluiu que os pilotos não acionaram dois aparatos na asa da aeronave que auxiliam o voo.
Mas relatórios alternativos apontam que o alarme para indicar a falha não teria soado, deixando os pilotos desavisados sobre a falha.
A Justiça analisa os recursos e também indenizações às famílias. Para complicar o quadro, a Spanair, que operava mais de um quinto dos voos no país, quebrou no início do ano, deixando mais um vácuo no caso.
Hoje, os familiares das vítimas fizeram homenagens em Gran Canária, que seria o destino final do voo e a origem de muitos passageiros, lançando flores ao mar. Aqui em Madri, também houve homenagem, e o Ministério de Defesa aproveitou a data para anunciar que trabalha em programa para antecipar a falhas de sistema e exigir critérios mais rígidos.
Quis dizer que não foi inicialmente fabricado pela Boeing, ie sim pela Macdonnel Douglas, nclusive esse avião não é mais fabricado. O caso é que a Boeing comprou a Macdonnel Douglas e vc considera que é um fabricado pela Boeing e não é.
Oi Renato,
Entendi. Então estávamos falando da mesma coisa.
um abraço.
O MD-82 não é da Boeing.
Olá Renato,
Dê uma olhada no site da Boeing: http://www.boeing.com/commercial/md-80/product.html.
abs,
Luisa.