Catalunha: resgate sim, condições não
29/08/12 06:44O pedido de resgate feito ontem pela Catalunha ao governo central da Espanha foi visto por aqui como uma espécie de orgulho ferido da região que, historicamente, é a mais apartada do governo central espanhol.
Com o socorro financeiro de cerca de 5 milhões de euros (R$ 12.500) aos cofres catalães, cai o mito de que a Catalunha pode sobreviver financeira e politicamente sem ter de prestar contas ou depender do resto do país.
Só para lembrar, a Espanha é dividida em comunidades autônomas –sendo a Catalunha uma delas. Elas são um equivalente aos nossos Estados, com a diferença de que têm mais autonomia política e financeira e também mais responsabilidades, como por exemplo os gastos com saúde e educação.
Já se especulava há meses que o pedido de resgate da Catalunha, afogada em dívidas, era questão de tempo. O governo catalão chegou a negar. Mesmo assim, quando ontem oficializou os rumores, o presidente da Catalunha, Artur Mas, não deu o braço a torcer. Pediu socorro já avisando que não vai se submeter a quaisquer imposições fiscais ou políticas.
Hoje, todos os principais jornais do país destacam este porém em suas manchetes.
Os catalães não gostaram muito da ideia de que sua “nação autonômica” –como a imprensa local e cidadãos costumam se referir à região– terá de pedir ajuda ao governo central. Mas sabem que os líderes regionais já não podem arcar com as dívidas que foram sendo acumuladas nos últimos anos. Uma pesquisa feita pelo site do jornal catalão “La Vanguardia” mostrava até esta manhã que uma maioria apertada condena o pedido de resgate.
A preocupação do pessoal de Barcelona e arredores é que as contrapartidas desse resgate tirem a autonomia que a região valoriza. Isso porque, mesmo que o governo catalão tenha batido o pé contra qualquer exigência, o decreto que aprova a ajuda financeira estabelece “condições financeiras e fiscais” para o socorro.
Ainda não se sabe ao certo se e quais serão esses poréns. Em setembro, o presidente da região, Artur Mas, se reúne com o premiê Mariano Rajoy em Madri, para defini-los.
Antes disso, outros catalães virão à capital espanhola para impor sua soberania. Serão os jogadores do Barcelona, que, coincidentemente, hoje enfrentam o Real Madrid pela final da Supercopa espanhola…
É a velha história que quando se pergunta a um barcelones se ele é espanhol, ele responde que não, que é catalan.
Por aqui acontece algo parecido no extremo sul, quando se pergunta a alguem de POA se ele é brasileiro, responde que não, que é gaúcho.
Na Alemanha tambem tem esse comportamento estranho dos nascidos na
Bavaria (capital Munique), eles tambem não se consideram alemães, mas bavaros. Chegam ao cumulo de colocarem na fronteira entre a Austria e a Bavaria(Alemanha) a placa “Estado Livre da Bavaria”. Parece brincadeira, mas são fatos que assustam a gente!
Os amigos catalães, ainda não acordaram para uma realidade juntamente com os bascos: falam catalão, basco, tem seus costumes, tudo bem, mas parem de viver na ilusão. No parlamento la vão eles falar nas duas linguas, não são entendidos e ainda criam caso, devem saber que estão num país, Espanha. O Rajoy é galego e fala o espanhol, os galegos falam o espanhol, e sabem que também são um povo, é incrivel a teimosia. O Espanhol é falado por 500 milhões, galegos, bascos, catalães não chegam a 5. milhoes com suas linguas.
É uma pergunta: toda a Espanha é dividida em comunidades autonômicas ou só algumas regiões conseguiram essa maior autonomia?
Olá Leonardo,
Todo o país é dividido em comunidades autônomas. Cada região é uma comunidade autônoma (Catalunha, Madri, Andaluzia, etc). Dê uma olha neste mapa do governo da Espanha para você ter uma ideia: http://www.lamoncloa.gob.es/Espana/OrganizacionTerritorial/index.htm.
Abs,
Luisa.