Meu primeiro Barça x Madrid
30/08/12 16:36Quando Barcelona e Real Madrid entram em campo, não há jogo que não seja um clássico. Foi o que aconteceu ontem, quando os dois times disputaram aqui em Madri a final da Supercopa, o campeonato menos importante da Espanha.
Não para mim: pela primeira vez desde que cheguei em Madri, há três anos e meio, fui assistir ao vivo ao “clássico dos clássicos” espanhol e um dos principais europeus.
Passes rápidos, dribles majestosos, gols velozes, 90 minutos que passam como dez. Quem já teve a chance de ver um Barça x Madrid sabe do que estou falando.
E mesmo que esteja torcendo para algum dos dois times, na hora em que o jogo começa você quer mais é ver gols, de preferência dos dois times, e dos craques deles. Eu dei sorte: presenciei Messi e Cristiano Ronaldo, ídolos máximos do Barça e do Madrid, respectivamente, marcarem dois golaços.
Também adorei ver outros craques como Andrés Iniesta –eleito hoje o melhor jogador da Europa pela Uefa– e Xabi Alonso –o preferido da ala feminina, eu incluidíssima!
Embora o estádio estivesse lotado, praticamente só de torcedores do time madrilenho, não houve nenhuma confusão. Mesmo com gente torcendo descaradamente para o Barça e vestindo camiseta do time catalão ao lado de outros tantos madrilenhos. Para não falar de todos os iPhones, iPads e bolsas de marca que se vê desfilando por lá.
Como a Folha noticiou hoje, o jogo virou um duelo não só entre os dois times mas também entre os dois técnicos. Mourinho e Tito Vilanova, que substituiu Pep Guardiola no comando do Barça, se enfrentavam pela primeira vez. O português venceu desta vez, enterrando a má fase que o Real Madrid vivia, com três derrotas seguidas.
Considerar como má fase três derrotas pode parecer pouco para leigos como eu, mas para os torcedores do time madrilenho é coisa séria. Na porta do estádio, eles me contavam que não só esperam como exigem vitórias do time. Por isso, os nervos estavam bem à flor da pele. Mas a vitória do Real Madrid por 2 a 1 acalmou –ou melhor, animou– a torcida.
Também tinha esperança de ver, pela primeira vez –e talvez última– o brasileiro Kaká com a camisa madrilenha. Não deu. Em crise com o Real Madrid e com o técnico José Mourinho, Kaká não foi nem sequer escalado para o banco. O meia havia sido relacionado para jogo, mas o técnico português optou por deixá-lo de fora. A ausência aumentou os rumores de que o brasileiro vai deixar o time madrilenho.
Sua entrada no jogo era vista como a última chance de permanecer em Madri. Durante o dia, a imprensa espanhola especulou que Kaká entraria em campo.
Em seu lugar, o meia croata Luka Modric, um baixinho bem sorridente que jogava no Tottenham e contratado há nada mais que três dias pelo Real Madrid, foi escalado para o banco e, no fim do segundo tempo, foi mandado para dentro de campo por Mourinho.
Um torcedor madrilenho com quem conversava sobre a crise do Kaká me resumiu o que acha da históra: “Estamos há três anos pagando muito caro para ele não fazer nada. É melhor que ele vá embora”. Assim, sem perdão.
Na saída do jogo, vi que uma foto gigante do rosto do brasileiro ainda estampava a vitrine da loja do Real Madrid. Talvez por pouco tempo, pensei.
Mesmo assim, adorei a primeira experiência com o clássico, que pretendo repetir agora na casa do time catalão.
Deve ser bom poder assistir a uma partida de futebol com seus aparelhinhos eletrônicos a vista , sua roupinha da moda e sua bolsa preferida! E ainda jantar no restaurante do estádio! Quem sabe na Copa!