A Espanha pisa em setembro com duas polêmicas medidas de ajuste. Neste sábado, primeiro dia do mês, entram em vigor o aumento do IVA, o imposto sobre valor agregado, e a norma que proíbe o atendimento médico a estrangeiros em situação irregular no país.

Hoje relembro este último caso, e no próximo post comento sobre a subida de impostos.

São duas medidas que conseguiram enfurecer quase toda a Espanha, de consumidores a educadores, passando por empresàrios, artistas, donas de casa, profissionais de saúde, imigrantes e podia passar a noite citando outros tantos setores.

Como eu já tinha contado aqui no blog (neste post), alguns governos regionais do país já haviam anunciado que iriam descumprir a norma do governo central.

Às vésperas de a medida entrar em vigor, Andalucia, País Basco, Canárias, Galícia e Catalunha ratificaram a insurgência a Rajoy.

A Catalunha foi mais além: não só seguirão atendendo aos imigrantes iregulares como emitirão carteiras próprias de acesso para eles.

No caso da Galícia, a insurgência foi ainda maior porque a região é governada pelo PP, o partido de Rajoy.

Até Madri, alinhada com o premiê, informou que abrirá exceções para atender aos “sin papeles”, como os casos de doenças crônicas.

Essas revoltas vêm mostrando que Rajoy está perdendo autoridade ante as comunidades autônomas, justo o contrário do que pretendia quando assumiu o governo da Espanha, no fim do ano passado.