No último post mencionei o aumento do IVA, o imposto sobre valor agregado, que entrou em vigor no último dia 1º.

O IVA se aplica a praticamente todo o tipo de produtos e serviços que se comercializa no país, de uma lixa de unha a uma peça de teatro.

Assim como a proibição do atendimento médico público a estrangeiros sem documentação, que entrou em vigor no mesmo dia da subida do IVA, os espanhóis não gostaram nada do aumento deste imposto.

Uma medida, aliás, que o premie Mariano Rajoy havia garantido que não faria caso eleito. Na época, Rajoy negou que poderia aumentar  o IVA, como seu governo fez na semana passada, sete meses depois de ele assumir o governo espanhol.

A parte que mais revoltou o pessoal por aqui foi a subida do IVA para o setor de cultura. Em teatros, cinemas, shows e concertos, o imposto passou de 8% a nada menos que 21%. Quase triplicou da noite para o dia.

Entre os poucos itens que não pagarão mais pelo IVA, estão os alimentos básicos, livros e medicamentos. De resto, praticamente tudo passará a valer mais por causa do IVA mais caro.

E, com isso, o produto final acabará ficando mais caro, já que comerciantes alegam ter de repassar o aumento aos clientes. Algumas grandes redes anunciaram que não repassarão o aumento do IVA aos clientes.

Em uma delas, no entanto, um cliente descobriu um truque. A rede de supermercados que havia anunciado manter os preços apesar do IVA aumentou o valor de alguns produtos para compensar.

De uma maneira ou de outra, tudo já está mais caro esta semana aqui na Espanha.