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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Sorriam, suas agressões estão sendo filmadas

Por Luisa Belchior
27/09/12 11:02

Não é de hoje que manifestantes em Madri e Barcelona reclamam de abuso de poder e agressões arbitrárias de policiais. No protesto de terça-feira na porta do Congresso em Madri, no entanto, muita gente saiu com a câmera na mão para registrar esses episódios.

Desde então, não param de pipocar vídeos e fotos nas redes sociais com as supostas agressões. A grande mídia também tem repercutido bastante essas denúncias. E não só os locais: os sites do jornal “NY Times” e da BBC publicaram reportagens e sessões de fotos e vídeos sobre elas.

Um dos episódios mais noticiados é o da abordagem de policiais dentro da estação de metrô de Atocha. A polícia alegou que estava atrás de um grupo de manifestantes que pretendiam fazer um quebra-quebra na estação. Copio aqui o vídeo com as imagens. Reparem que um senhor, sentado na plataforma do metrô com um jovem agredido no colo, grita sem parar: “vergonha, vergonha”.

Ontem, cerca de 2.500 pessoas voltaram às ruas do centro de Madri para pedir liberdade dos manifestantes detidos na terça-feira e protestar contra as agressões policiais. Na ocasião, como mostra este outro vídeo, um manifestante exige o número de identificação de um policial que, segundo ele, o agrediu. No lugar disso, recebe mais golpes com cacetetes.

Outra denúncia que os manifestantes fazem em todas as manifestações é que os policiais anti-distúrbio não usam qualquer identificação durante os protestos. Em teoria, eles deveriam exibir um número na roupa, uma espécie de identidade policial, mas a polícia alega que oculta os dados por proteção a seus homens. A queixa dos manifestantes é que a falta do número inviabiliza denúncias por agressão ou abuso de autoridade.

Mas, até agora, a estrela nas redes sociais é um garçom de um bar no centro. Ele virou herói porque, diante do quebra-quebra, abrigou dezenas de manifestantes dentro do bar –a poucos passos do museu do Prado– e ficou na porta como escudo humano. Deem uma olhada aqui.

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. Moo comentou em 05/10/12 at 9:30 am

    A situaçao de varios paises europeus e que a moleza ACABOU!
    Se nao entrarem no “rebolation” nao saem do buraco e como querem continuar trabalhando menos de 35 horas semanais + dias extras livres pq o sindicato negociou + dias livres pela pq trabalham x tempo + extra por ir trabalhar, etc. E um setor publico convertido em elefante branco, nao ha pais que aguente e preciso enxugar essa burocracia e manter uma administraçao publica enxuta.

  2. Sergio Gadelha comentou em 02/10/12 at 9:59 am

    Quando morei em Barcelona (2011) ouvi por muitas vezes que esta geração é a mais educada e melhor preparada da história da Espanha e que a mesma estava muito apática diante da crise. Presenciei o inicio do movimento dos indignados do 15-M na praça Catalunha e Sol; e percebi que ali havia muito mais do simples manifestações contra o desemprego e cortes sociais. Muitos criticam às ideias de Stéphane Hessel, mentor intelectual do movimento, por elas não apresentarem caminhos nem soluções, mas é exatamente aí que está a grande novidade. Não há modelos, não há
    fórmulas prontas. Tudo está por ser reinventado, ser recriado. E se por um lado as manifestações pacíficas do Sol desembocaram nessa violência (não podíamos esperar outra coisa de Rajoy), por outro me causam grande satisfação, porque ser pacífico não significa ser apático e revoluções se dão nas ruas. Mais uma vez, está nas mãos da juventude e daqueles que ainda mantêm a capacidade de indignar-se (um viva ao garçom!) fazer as mudanças que ainda não sabemos exatamente quais são, mas que terão de serem feitas, principalmente na relação humano-governo-mercado-consumo-capital. Torço para que a Europa consiga, mais uma vez, sair de uma crise e apontar novos caminhos para a humanidade. Quiçá este movimento contamine a apática e alienada juventude brasileira deslumbrada com o novo iphone.

    • Manuel comentou em 02/10/12 at 5:36 pm

      Talvez esteja a caminho um novo modelo de ‘democracia’.
      O engraçado é que parece que o governo espanhol agora quer regrar a ocupação da rua e o direito à manifestação…
      Esta crise está em roda livre e Bruxelas e a sua burocracia europeia continuam indiferentes a alguns (muitos!) milhões de cidadãos europeus.
      Quando a França for devorada e a estrutura Alemã começar a ser abalada as coisas mudam: só assim, com a água pelos joelhos dos alemães, se farão pactos de crescimento, de integração, de união bancária e fiscal, até quem sabe uma verdadeira federação europeia. Até lá não são os bolsos (a sério que não são) nem os filhos deles a pagar este pato.

      • Moo comentou em 05/10/12 at 9:26 am

        So o espanhol? E em Roma que proibiram comer na rua?

  3. alice santos comentou em 27/09/12 at 4:28 pm

    cruzes!!! a policia Atocha mesmo!

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