O verão europeu, garantia de sol e muito calor em quase toda a Espanha, é sempre um bálsamo não só para os espanhóis mas também para a sua economia. Todos os anos, os empregos temporários da estação em setores como os de turismo e restaurantes dão um respiro ao governo.

Terminado o verão, vão-se os empregos, vai-se o calor e a praia e entram o friozinho e a leve depressão pós-verão. Na economia, ela chegou ontem, com a notícia de que os níveis de desemprego bateram recorde em setembro.

É normal haver esse refluxo de empregos de agosto para setembro por causa dos empregos temporários de verão. Neste ano, no entanto, a queda foi a mais expressiva do governo Rajoy, e a perda de inscritos na Seguridade Social do país, a maior dos últimos nove anos.

Segundo divulgou o Ministério do Trabalho, a fila de desemprego recebeu mais 80 mil pessoas em setembro, engrossando para 4,7 milhões o número de desempregados no país.

Hoje, muitas análises apontam o dedo para a política de cortes contínuos adotada pelo governo este ano para explicar a alta de desempregados. E que, justo por isso, a Espanha terá definitivamente que solicitar o resgate financeiro, recurso que tentava evitar justamente com os cortes.