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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Ajuda humanitária...aos espanhóis

Por Luisa Belchior
09/10/12 09:40

Muita gente do Brasil me pergunta como está a crise no dia-a-dia da Espanha, se as pessoas estão mesmo desempregadas, se há gente pedindo e morando na rua, enfim, se o cenário é tão caótico como dizem ter a impressão pelo que chega ao noticiário brasileiro.

Sempre que digo sim ou não fico com a sensação de que dei uma resposta incompleta. Tento relativizar, dizer que sim a situação, que eu noto haver mais pessoas pedindo nas ruas e transportes públicos mas que, ao mesmo tempo, a vida segue, o país não está parado, há muitos eventos, muita gente gastando bastante dinheiro, museus com ótimas exposições, turismo funcionando bem e por aí vai.

Enfim, a discussão não cabe em um post. É apenas uma introdução para eu contar que, pela primeira vez na história, a Cruz Vermelha vai lançar um programa de ajuda social especificamente para espanhóis.

Uma novidade que a crise já havia trazido para cá é a presença de espanhóis em refeitórios sociais e programas de doação de cestas básicas da Cáritas, até então prerrogativa de imigrantes na Espanha. Mas nunca havia visto uma iniciativa voltada apenas para cidadãos nacionais.

Amanhã, a Cruz Vermelha vai lançar oficialmente o programa, que dará ajuda a cerca de 300 mil espanhóis –e só espanhóis– que vivem em situação de “vulnerabilidade extrema”, sobretudo membros de famílias em que todos estão desempregados.

Deem uma olhada no vídeo da campanha que a Cruz Vermelha fez para pedir doações.


About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. Virgínia comentou em 14/10/12 at 7:16 pm

    A “crise” no Brasil é bem pior que a “crise” na Espanha. O espanhol vai ter que começar a batalhar pelas coisas e não esperar tudo do governo… Estão acostumados a uma vida acomodada e sem ambição. Somos muito diferentes. Devemos nos preocupar mais com a pobreza, fome, saúde e educação no Brasil. Ainda temos muiiiitooo o que melhorar. Ah… Povinho espanhol é sim muito arrogante. Eles ainda vivem na Era Medieval e tem a mentalidade de que são os colonizadores… Coitados. Ignorantes. Também, o governo sempre deu tudo… Não precisaram ampliar os horizontes…

    • Moo comentou em 16/10/12 at 12:27 pm

      Concordo plenamente, mas a Espanha esta acompanhada nessa vida acomodada de outros paises da UE que estao no buraco.

  2. Manuel comentou em 13/10/12 at 5:59 am

    As opiniões são…bem, cada um tem a sua e quem a quer dar, dá. Mas enfim, por vezes nem tudo é livre expressão e sim desinformação.
    A crise é um resultado de um cocktail circunstancional: ‘eles se achavam, eles isto e eles aquilo’. Não… 1). o euro mostrou-se um projecto com debilidade na sua estrutura, e a culpa é de todos os que o desenharam; 2). a UE continua a ser um projecto ambicioso e pertinente mas actualmente nas mãos de líderes pouco capazes; 3). A crise é conveniente a alguns países por lhes permitir aceder aos mercados a juros baixos (mas a evoluir desta maneira a porcaria vai acabar por atingir a ventoínha); 4). O mercado único e o euro são benéficos para a Alemanha & Co. e apesar do populismo, estes tudo farão para que a Grécia se mantenha na moeda – mesmo que ligada ao ventilador; 5). Os fundos estruturais e de coesão não foram presentes – cada país abriu mão de indústria e quotas de produção agrícola. Provavelmente algum deste dinheiro foi mal aplicado, mas a população não fazia ideia e agora é castigada por não ter indústria ou agricultura onde trabalhar; 6). Rebentou uma bolha financeira nos EUA que quase arrastou o mundo para a miséria total. A crise do subprime e a falência de instituições de crédito americanas estão na génese desta crise mas já ninguém fala disso; 7). As mesmas agências que falharam nas avaliações americanas voltaram-se para os Estados Europeus numa óbvia tentativa de recuperar parte das perdas do crash. A perseguição foi óbvia, muitas das vezes ignorante e injusta. São os cães de fila dos ‘mercados’. Wall Street e a City continuam em apuros e os resgates são rentáveis. 8). Os Estados foram apanhados por excesso de dívida pública e défices elevados, mas este aumento foi autorizado em 2008 pelo próprio BCE (e outras entidades financeiras) para fazer frente à onda de impacto da crise… e por aí.
    A minha conclusão é de que ninguém está a salvo, os ‘mercados’ continuam sem regras e, sinceramente, ninguém sabe quem será a seguir.
    Muito também me surpreende a imprensa brasileira e esta tendência para usar a crise europeia como entretenimento – sim, em alguns artigos parece que o mundo acabou! Parece que para este ano se prevê um crescimento do PIB de 1,5% – é positivo, mas suficiente para um país de 200 milhões e à porta de eventos como os Jogos Olímpicos e o Campeonato do Mundo? Isto não vos assusta?! E depois, surgem notícias de aumento da criminalidade (parece que ainda há milícias) – ricos mas amedontrados?!. Isto são só uns exemplos para aquilo que parece ser atirar areia para os olhos.
    E depois, a maioria dos ‘comentaristas’ parece estar mais satisfeita (e a aplaudir!) por ver os outros a descer do que a sentir que está a subir.
    Parece que há coisas que não mudam: para muitos é preferível ser rico num mundo de pobres, do que rico num mundo de ricos.

    • Moo comentou em 14/10/12 at 5:07 am

      Voce tem pinta de ser um tuga que mora em Portugal, se nota pela frustraçao. Meu caro a moleza acabou pá, se voces nao entrarem no rebolation (menos fado e mais trabalho) nao sairao do buraco e aquela moleza do seculo passado em vir ao Brasil ja era.

      • Manuel comentou em 16/10/12 at 5:15 am

        Oh…claro. O amor fraterno é uma coisa tão bonita. Tal como o respeito e a educação, cara.

        • Moo comentou em 16/10/12 at 12:30 pm

          Ta bom Manuel,vamos aos fatos… Poderia descrever a tal industria portuguesa antes da UE? Qual era a produçao agricola antes da UE? “cada país abriu mão de indústria e quotas de produção agrícola”

          • Manuel comentou em 17/10/12 at 8:33 am

            Dou-lhe a resposta que quer ‘ouvir’: tamancos de madeira.

      • Manuel comentou em 16/10/12 at 5:19 am

        Luísa, às vezes não lhe parece que certos temas são verdadeiras ‘caixas petri’ de xenofobia e preconceito? Nem tudo é livre expressão.

  3. Angelo Batista Goulart comentou em 10/10/12 at 8:52 am

    luisa belchior olha que até pouco anos atras a Espanha estava avançado economicamente e socialmente no cenario europeu , a construção civil era a locomotiva da Espanha agora ! a realidade é outra ajuda humanitaria da cruz vermelha! Mas o pior é a desilusão do povo espanhol ontem ricos hoje em processo de empobrecimento!

    • Luisa Belchior comentou em 10/10/12 at 3:39 pm

      Exatamente Angelo!
      Abs.

    • Luisa Belchior comentou em 10/10/12 at 3:40 pm

      Exatamente Angelo.
      Abs.

    • Moo comentou em 11/10/12 at 5:10 am

      Extao mas esse crescimento dependia das transferencias bilionarias de fundos da UE para infraestruturas que associado a entrada no Euro empurrou as taxas de juros para emprestimos para compra de imoveis a niveis negativos durante muitos anos.
      Espanhois nunca foram ricos, pensavam que eram ricos e hoje muitos pensam que estao na miseria. Mas sempre foram classe media.

  4. pepita comentou em 10/10/12 at 7:30 am

    Muitos brasileiros pensam que a crise transformou a Espanha num Haiti ou algo do tipo. Sim, há famílias passando apertos, porém não como pinta a mídia. Eu moro aqui em Madri, mas sou de Brasília. Aqui tá longe de existir tanta desigualdade como há em nosso país. E o cúmulo é que os brasileiros estão se achando cada vez mais ricos. Vou ao supermercado com 20 euros e faço uma baita compra, aí no Brasil (com os preços nas alturas) pra ter a mesma qualidade só sendo barão. Porque 100 reais de compras aí não é nada. Tá bom de deixarmos a crise de outros e pensarmos em nós mesmos tb, não?

    • Luisa Belchior comentou em 10/10/12 at 3:41 pm

      Pois é Pepita,
      Por isso nunca sei direito o que dizer quando brasileiros me perguntam sobre a crise.
      Obrigada pelo depoimento!
      Abs.

    • Moo comentou em 11/10/12 at 5:14 am

      Com uma economia aquecida e com perspectivas de crescimento e normal que os preços subam e da mesma maneira e uma economia recessiva e normal que os preços fiquem estancados ou baixem.
      Isso e a lei da oferta e demanda.

    • Virgínia comentou em 14/10/12 at 7:21 pm

      Certíssima. A crise deles seria a nossa “zona de conforto”, seria ótimo que a pobreza brasileira tivesse hospitais que funcionassem, segurança, casas para oferecer comida aos que não tem o que comer… O nosso governo não nos dá nada! E pagamos bastante impostos (com muito desgosto).

  5. Tiana comentou em 09/10/12 at 11:22 pm

    Muito bom o post. E o vídeo. parabéns!

    • Luisa Belchior comentou em 10/10/12 at 3:42 pm

      Brigada Tiana!
      Bjs!

  6. Flavia comentou em 09/10/12 at 11:34 am

    Por morarmos na Europa e viajarmos com certa frequência por alguns países vizinhos, começamos a nos perguntar onde estaria a crise na Espanha. O que se vê por aí é um número bem grande de espanhóis fazendo turismo, apesar de tudo que se passa no país.

    • Moo comentou em 11/10/12 at 5:17 am

      Se voce pesquisar no INE (Instituto Nacional de Estadistica espanhol) a cifra de espanhois que saem ao exterior, sempre esteve historicamente na faixa dos 10-11%. Ver espanhois viajando a diferentes paises nao serve como base perguntar “onde esta a crise?”

  7. Tamar comentou em 09/10/12 at 10:47 am

    Tem tantos produtos industrializados na propaganda né? Móveis, pratos, copos, talheres.

    Imagina essa mesma propaganda feita nas ex-colônias espanholas da AL ou no países africanos e até em algumas partes do Brasil.

    Chique a propaganda da Cruz Vermelha espanhola.

  8. Carla comentou em 09/10/12 at 10:25 am

    Conheço bem a Espanha, fui inúmeras vezes a esse país e chega a ser engraçado como uma gente tão arrogante e primitiva em matéria de sensibilidade, agora está do ‘outro lado da cerca’…Sinceramente, não posso lamentar!

    • Moo comentou em 11/10/12 at 5:21 am

      Como se define se um povo e “arrogante e primitiva em matéria de sensibilidade”?

      Quem decide? Deus? Assinou o decreto com firma reconhecida em cartorio?

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