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Luisa Belchior

Diário Ibérico

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Espanhóis também vão às urnas

Por Luisa Belchior
19/10/12 22:51

Neste domingo espanhóis do País Basco e da Galícia irão as urnas escolher seus novos governantes.

Nas duas regiões, ambas no norte da Espanha, o pleito não estava programado para esta época do ano. Ele foi antecipado, em ambos os casos, por questões políticas. E, apesar dos espasmos nacionalistas que ressurgiram na Espanha estas semanas, a crise econômica pauta as duas eleições e as campanhas dos candidatos. Mesmo os candidatos dos partidos nacionalistas colocam a economia como questão principal em seus programas de governo.

No País Basco, as eleições coincidem com o aniversário de um ano de que o grupo terrorista ETA anunciou o fim das suas atividades violentas. Mas não foi proposital. A eleição, prevista para março, foi adiantada depois de os socialistas, que estão no poder, perderem o apoio do PP (Partido Popular), do premiê Mariano Rajoy, no início do ano. Com a saída dos populares, os socialistas perderam maioria no Congresso, governo ficou insustentável e o atual presidente da região, Patxi López, antecipou as eleições, que só aconteceriam em março.

As principais pesquisas de opinião indicam como favorito o PNV (Partido Nacional Basco, na sigla em espanhol), que atualmente tem maioria no parlamento local. Na semana passada, estive no País Basco e acompanhei um pouco da campanha, que terminou esta semana.

Na ocasião, o premiê Mariano Rajoy foi ao País Basco ajudar na campanha dos conservadores do PP. A tática do partido para conseguir derrotar o PNV e tentar associar seus rivais ao independentismo basco.

Nos dias que estive lá ouvia diariamente em estações de rádio um anúncio do PP que acusava o PNV de querer “separar o País Basco da Espanha”. Rajoy acusa ainda ao candidato nacionalista, Iñiko Urkullu, de colocar em risco o estado de bem estar social do País Basco, um dos melhores da Espanha.

Mas Urkullu insiste que sua prioridade é combater a crise econômica. O País Basco, apesar de ser a região menos afetada pela crise, também sente seus efeitos. Ali está a maior renda per capita da Espanha e menor índice de desemprego, mas a administração pública vem perdendo bastante com arrecadação a cada ano.

No próximo post, conto para vocês como está o panorama na Galícia e, no domingo, comento aqui o resultado das duas eleições.

 

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. monica martinez comentou em 24/10/12 at 4:15 pm

    hola ” basco” se escribi con V

    • Luisa Belchior comentou em 24/10/12 at 4:56 pm

      Hola Monica,
      En portugués se escribe con “b”.
      Gracias de todas maneras por el mensaje.
      Un saludo,
      Luisa.

    • Moo comentou em 26/10/12 at 12:15 pm

      Vasco ? So se for o “da Gama”.

  2. Lucas comentou em 20/10/12 at 5:05 pm

    Luisa os bascos já se conformaram que sem a Espanha eles não sobreviveriam, ou ainda há ainda um movimento forte pela pela independência?

    • Manuel comentou em 21/10/12 at 7:20 am

      Eu por acaso acho que sobreviverão de forma independente. Tal como os Catalães e os Galegos. Se quiser, também sobreviverão os Escoceses, os Flamengos e os Valões…
      No caso específico da Espanha terá que considerar que desde há muito é um país de unidade artificial – diferentes reinos, depois territórios e só então comunidades autónomas.
      Não sei se para já a federação europeia será viável, mas será necessário um novo modelo de convivência.

    • Luisa Belchior comentou em 22/10/12 at 4:43 pm

      Oi Lucas,
      Há um grupo que luta pela independência sim, e com o resultado das eleições de domingo eles ganharam força. Vou contar aqui no próximo post!
      Abs,
      Luisa.

  3. Manuel comentou em 20/10/12 at 1:38 pm

    Olá Luísa. Estava a ler o seu post e fui esbarrando na palavra ‘Premiê’. Mariano Rajoy é Presidente do Governo, cargo que na verdade não é uma equivalência directa a Primeiro-Ministro. Aguardo então o post da Galiza. Abr. M.

    • Luisa Belchior comentou em 22/10/12 at 4:51 pm

      Olá Manoel,
      É que o chefe de governo aqui na Espanha tem um modelo de gestão que acumula funções de Presidente com a de premiê. O palácio da Moncloa, sede do governo, permite portanto ambas as nomenclaturas para referir-se ao chefe de governo. Já o chefe de Estado, só por curiosidade, é o Rei.
      Obrigada pelo comentário de qualquer maneira e opine se puder sobre o post da Galícia!
      Abs,
      Luisa.

      • Manuel comentou em 22/10/12 at 5:52 pm

        Luísa…sou eu, again. Mas é estranho na mesma pois o termo ‘premiê’ (ou Primeiro-Ministro) nem é aplicado no contexto brasileiro nem no contexto espanhol. Os próprios espanhóis confudem-se e tratam os Primeiros-Ministros dos outros países por ‘Presidente’. É um termo desfasado do público alvo e do objecto, só por isso.

    • Moo comentou em 26/10/12 at 12:21 pm

      Presidente porque preside o governo (Conselho de Ministros) e o Primeiro-Ministro nao preside? Presidente do governo e Primeiro Ministro nao sao a mesma terminologia para chefe de governo de um regime parlamentarista?

  4. Yara comentou em 20/10/12 at 12:29 pm

    Estive na Espanha a pouco e senti direfença entre a população do País Basco e a comunidade Autônoma de Madri. Essa última um pouco mais grosseira do que o custume e um pouco infeliz. Já a primeira mais atenciosa e aparentando satisfação na vida.
    O política interfere de alguma forma?

    Obrigada pelo esclarecimento.

    • Luisa Belchior comentou em 22/10/12 at 4:48 pm

      Olá Yara!
      Não sei te dizer se a política influencia, o que talvez aconteça é que a própria política de cada região seja um pouco de reflexo dela. Mas os líderes no poder em cada região variam muito de acordo com o momento. No ano passado, os conservadores levaram a maioria das prefeituras por causa da insatisfação em massa com os socialistas por conta da crise. Concordo com você que os bascos tendem a ser mais gentis que os madrilenhos e catalães no trato em geral, mas não acho os madrilenhos infelizes!
      Abs e obrigada pelo comentário!
      Luisa

      • Moo comentou em 26/10/12 at 12:23 pm

        Concordo com voce.

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