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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Conflitos da greve em vídeo

Por Luisa Belchior
16/11/12 14:15

É cada vez mais frequente por aqui a discussão sobre o aumento de conflitos sociais na Península Ibérica como consequência direta da crise econômica. É uma possível tendência cujos sinais ficam mais evidentes durante as manifestações e protestos, como os que mostram alguns dos muitos vídeos que caíram nas redes sociais ao longo do dia ontem.

Embora a polícia nacional espanhola tenha anunciado há algumas semanas a proibição de gravar vídeos de policiais durante conflitos e protestos, ninguém parece ter ligado para a norma durante a greve geral que aconteceu anteontem aqui na Espanha, parte das paralisações coordenadas com Portugal, Itália, Grécia e outras cidades europeias.

Reproduzo aqui três dos que tiveram mais audiência. Deem uma olhada e me digam o que vocês acham.

Este vídeo mostra um dos muitos enfrentamentos entre manifestantes e policiais em Barcelona, com barulhos de tiros de borracha e sirenes, homens do corpo de anti-distúrbios fazendo incursões em becos e uma perseguição que termina com um policial atropelado por um camburão da própria polícia. “Es um Mosso, no?”, diz uma das jornalistas, em referência aos Mossos D´Esquadra, a polícia do governo da Catalunha.


YouTube Direkt

Já este registrou uma avalanche de gente varrendo mesas e cadeiras de um bar na Porta do Sol, a praça central de Madri, enquanto fugiam de policiais que, logo depois, lançam tiros de borracha enquanto garços, resignados, arrumam a bagunça:


Aqui, uma das cenas mais polêmicas gravadas durante os protestos pela greve: um menino de 13 anos é agredido na cabeça por golpes de policiais. Segundo noticiaram os meios daqui, ele acompanha seus pais em uma manifestação em Tarragona, na Catalunha. Os pais do garoto, que abriu a cabeça, anunciaram que vão processar a polícia.


Vejam também esta sessão de fotos do “Público”, jornal recém extinto no papel mas que segue na internet.

 

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. Manuel comentou em 16/11/12 at 7:05 pm

    Penso que a comunicação social terá a responsabilidade de informar, mas bem. O descontentamento é notório, visível, palpável – ninguém o irá negar. Mas a maioria dos actos de violência têm origem em grupos de radicais, anti-sistema, anarquistas, ultras, e até claques de futebol. Basicamente este tipo de pessoas iria provocar confusão até na abertura de um envelope.
    A polícia é forçada (sim, forçada) a aplicar força.
    Com tudo o que se está a passar em São Paulo, era de esperar que compreendessem a necessidade da polícia manter a ordem e até de defender a propriedade pública – e assim se manter uma instituição fiável.
    Infelizmente há danos colaterais e há quem acabe por ser apanhado no meio.
    Há que distinguir as manifestações legítimas, pacíficas e construtivas dos restantes actos de violência – os objectivos e os envolvidos são distintos.
    Mas uma imagem de uma fogueira ou cocktail molotov causam mais impacto… quando até a Newsweek abandona a versão impressa, é fácil de entender porque os restantes se agarram ao sensacionalismo.

    • Luisa Belchior comentou em 17/11/12 at 1:06 pm

      Manuel,
      Este post não foi uma tentativa de aplicar o sensacionalismo diante das manifestações, mas reportar alguns movimentos que tenho notado aparecer nas manifestações, as quais venho acompanhando de forma presente nos últimos quatro anos. E se os atos violentos têm origem em grupos radicais, o que é notório é a aparição cada vez mais frequente desses grupos, embora minoria, nos protestos. Mais ainda a circulação de vídeos e fotos nas redes sociais –e este é o foco do post.
      Repare, por favor, que em nenhum momento julgo o uso da força policial, apenas reporto desde Madri a leitores no Brasil que ela está causando a revolta de muita gente por aqui. Certa ou errada, não cabe a mim julgar aqui, e não o faço.
      No mais, obrigada de qualquer maneira por seus comentários, que sempre aportam discussões interessantes.
      Abs,
      Luisa.

      • Manuel comentou em 20/11/12 at 9:02 pm

        Luisa, eu entendi o foco do seu post, tal como a Luisa também entendeu o foco do meu comentário.
        Em muitos dos casos, na verdade na maioria, trata-se de um aproveitamento: digamos que é uma violência parasitária. Como cada vez há mais manifestações, há mais oportunidades de causarem violência.
        Não aportam nada, na verdade não desejam melhorar nada.
        E há um outro fenómeno: os grupos já têm uma certa internacionalização e movimentam-se entre capitais, dependendo de onde está o foco de manifestação.
        Eu culpo a comunicação social por não discernir o descontentamento do vandalismo.
        Quanto à acção policial, e no caso concreto espanhol, penso que é criticada por pier pressure: praticamente só é defendida na Telemadrid ou na Intereconomía. 🙂

  2. Ivan Zevallos comentou em 16/11/12 at 3:55 pm

    Cambien de tactica amigos españoles. Hay un probervio chino, en relacion a los policias y militares, que dice: No se usa acero del bueno para hacer clavos.
    Enfrentarse a la policia es ponerse a merced de la peor especie de gente que ha producido su sociedad. Esquivenlos !. Usen otros medios de protesta.

  3. Amanda comentou em 16/11/12 at 2:57 pm

    É revoltante ver o Estado responder com esse tipo de violência o direito à liberdade de expressão. Não entendo como a polícia pode atuar ao lado de um governo opressor, quando sofre com a mesma crise que a população. Protestar é liberdade, protestar é expressão!

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