Depois de um ano com más notícias quase semanais, a Espanha começou 2013 com pitadas de otimismo. E em duas areas especialmente preocupantes para o país: emprego e …esporte.

Os espanhóis começaram o ano com a notícia de que, em dezembro, o desemprego diminuiu na comparação com o mês anterior. Foram cerca de 60 mil pessoas a menos, no bolo dos impressionantes 4,9 milhões de desempregados de que se tem registro no país.

A notícia fortaleceu as expectativas de que este seja o último ano de crise. Segundo esta perspectiva, a mais otimista, a partir de 2014 a Espanha deixe de ter crescimento negativo.

Tudo bem que não demorou muito para um novo banho de água fria, vindo da União Europeia. Um estudo da Eurostat, a agência de estatísticas do bloco, divulgado hoje, estima que a Espanha tenha, na verdade, pouco mais de 6 milhões de pessoas sem emprego. Na ponta do lápis, é quase um terço de todos os desempregados da UE.

Mas daí vei o futebol para amortecer o golpe: a Espanha soube que o time ideal escolhido pela Fifa joga integralmente em seu território. Quase todos espanhóis, quase todos dos dois principais times do país, o Real Madrid e o Barça. A exceção é Falcão, do Atlético de Madrid.

Sem falar, claro, do “tetra” da Bola de Ouro dado ao argentino Lionel Messi, que joga no Barça. E na eleição de Vicente Del Bosque, à frente da seleção espanhola, como melhor técnico, seguido pelo também espanhol Pep Guardiola, ex-Barcelona.

Mais que uma injeção de ânimo aos fãs de futebol, a seleção da Fifa coroa a Liga Espanhola, o que deve gerar mais retornos financeiros para a competição.

Na carona do otimismo esportivo, Madri voltou a apresentar, no mesmo dia, sua candidatura para sediar Jogos Olímpicos, desta vez o de 2020. Já será a terceira vez consecutiva que a cidade tenta ser sede olímpica. Na primeira perdeu para Londres. Na segunda, para o Rio.

Desta vez, esperam não ter mais nada em seu caminho. Nem mesmo a crise.