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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Com Chipre, volta fantasma do resgate

Por Luisa Belchior
19/03/13 14:35


Esta foto de um cartaz de manifestantes contra o resgate a Chipre, que ecoou neste começo de semana em redes sociais e sites de notícias aqui na Espanha, resume o estado de alerta que o país vive depois do anúncio do resgate financeiro ao Chipre.

Desde meados do ano passado, a palavra resgate estava um pouco afastada da pauta do dia nos mercados por aqui. Com o anúncio de um socorro financeiro ao Chipre, esses dias de tensão e incerteza que deixaram investidores do país de cabelo em pé e tiraram o sono e as férias de verão do premiê Mariano Rajoy voltaram.

A Bolsa de Madri fechou nesta terça-feira em queda de 2,2%, a quarta maior do ano. O tão temido risco país chegou a 368 pontos e, desde o anúncio do resgate ao Chipre, subiu cerca de 14%, segundo o jornal “Expansión”.

O mercado financeiro discute isso com força, mas o principal termômetro é quando o premiê Mariano Rajoy busca a imprensa para dizer que não há risco de contágio para seu país. Foi o que ele fez: ante câmeras, enfatizou que a Espanha não sofrerá o mesmo tipo de resgate de Chipre ou qualquer tipo de bloqueio às poupanças de clientes de bancos nacionais.

O ministro de Economia, Luis de Guindos, foi mais longe: disse que as poupanças dos espanhóis são “sagradas”.

Só para lembrar: a Espanha já sofreu uma espécie de resgate, mas direcionado às instituições financeiras do país. No verão europeu de 2012, a União Europeia aprovou um pacote de € 100 bilhões (cerca de R$ 257 milhões) para aos bancos daqui. O Bankia, que tinha a situação mais crítica, foi alvo especulações sobre um possível bloqueio de poupanças de seus clientes, o que não aconteceu.

O acordo da UE com Chipre para o resgate tem recebido críticas por aqui. Analistas acham que dirigentes do bloco erraram ao infringir a norma de não mexer nas poupanças de seus cidadãos. O próprio governo, sem criticar diretamente a decisão do Eurogrupo, pediu que não se mexa nas poupanças de menos de € 100 mil (cerca de R$ 257 mil).

O “El País” disse que a Europa “brinca com fogo” ao mexer nas poupanças, o que pode trazer forte de risco de contágio, e o “La Información” veio com esta charge no fim de semana:

 

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. JVerde comentou em 20/03/13 at 9:50 am

    Pelo menos o Collor devolveu a poupanca confiscada, pagando juros maiores que a poupanca normal. No Chipre estao falando em roubar parte da poupanca (esse roubo travestido como imposto). Tomara que a moda nao pegue.

  2. Claudia Ribeiro comentou em 20/03/13 at 6:46 am

    Caro que lembro Glenio, o problema è que muitos brasileiros nao se lembram considerando que o collor (o C minusculo è proposital) è un “S”enatore do nosso pais, me explique como isso aconteceu?
    Num pais “normal” uma pessoa como ele teria sumido, desintegrado, mas, aqui nao è senador… incrivel isso!!!

  3. glenio comentou em 19/03/13 at 8:06 pm

    Pouca gente lembra, mas o governo Collor, com a malsucedida ministra Zélia, fez um confisco bem mais sério no Brasil.

  4. Gabriel L. Santiago comentou em 19/03/13 at 6:33 pm

    A União Europeia, não parece União, mas um jogo de raposas, gatos e ratos, sendo que aquele que tem mais poder político e econômico, empresta e depois cobra pesado sobre o devedor com desemprego, quebra de empresas, deficiência na saude e educação do devedor. Moral da história: a União Europeia controlada pela rispidez dura da política economica de Merkel não vai equilibrar a Europa, vão crescer devedores.

    • Angelica comentou em 21/03/13 at 10:42 pm

      Errado. Os paises europeus em crise abusaram de creito facil e se endividaram acima da sua capacidade de pagar a divida. Angela Merkel nao lidera a uniao europeia. Ela so e figura chave porque a Alemanha e o “bolso” da uniao (o pais que contribui mais). A Alemanha nao e a vila da crisa. A crise dos “PIGS” (Portugal, Italia, Grecia, Espanha) foi gerada pela corrupcao de seus governos que emprestaram, nao investiram em desenvolvimento sustentavel e nao levaram em conta que nao podiam pagar. E muito facil culpa a Alemanha ao inves de admitir a propria corrucao domestica.

  5. Gabriel comentou em 19/03/13 at 3:09 pm

    E pensar que nós brasileiros já vivemos esta situação há mais de 20 anos atrás…

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