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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Corrupção lá, corrupção cá

Por Luisa Belchior
19/09/13 18:28

Nesses dias de novo julgamento do mensalão no Brasil, a corrupção também voltou a ter destaque na Espanha. Não que o tema tenha deixado de ser destaque nesses últimos meses: desde o início do ano, há três grandes casos de suspeita de corrupção envolvendo políticos da alta cúpula de governos locais e central, um deles o próprio premiê espanhol, Mariano Rajoy, e até a uma das filhas do rei da Espanha.

Como no Brasil, o desenrolar desses casos tem ganhado a atenção da mídia e, por conseguinte, caído na boca do povo –hoje a corrupção é a segunda maior preocupação dos espanhóis, atrás apenas do desemprego, segundo pesquisa trimestral do CIS (Centro de Investigações Sociológicas da Espanha). E da Justiça, que, segundo analistas políticos, quer pegar carona nos holofotes.

Qualquer que seja o motivo, o fato é que as sentenças relacionadas a corrupção na Espanha aumentaram nada menos que 151% nos últimos três anos, segundo um relatório divulgado esta semana pela Procuradoria Geral do Estado espanhol.

A maioria das acusações julgadas, segundo essa publicação, é por malversação de dinheiro público, que representa 40% das sentenças. É o caso, por exemplo, da caçula do rei espanhol, a infanta Cristina, e seu marido, Iñaki Urdangarín. Ambos respondem ante a Justiça por suspeita de haver desviado verbas públicas repassadas à empresa de Urdangarín, o Instituto Nóos.

Entre os delitos mais recorrentes na pilha de sentenças –que chegaram a 235 em 2011–, estão também o de prevaricação, que são 27% dos casos, segundo o relatório.

Na carona do estudo, a Procuradoria-geral pediu ao governo de Mariano Rajoy mais recursos para lutar contra a corrupção, o que Rajoy prometeu atender, em que pese a sua política de austeridade e o fato de ser ele mesmo alvo de uma dessas investigações.

Nem o rei, cuja família também fez crescer a pilha de sentenças, foi poupado. Com Juan Carlos 1º a seu lado na abertura oficial do ano judicial, na segunda-feira, o procurador-geral espanhol, Eduardo Torres-Dulce, criticou a corrupção “pública e privada” que existe hoje na Espanha e que, segundo ele, “é o problema que mais debilita nossa instituição”.

Claro que ele se referia a instituições espanholas, mas, tirando o rei, vocês veem alguma semelhança com o Brasil?

About Luisa Belchior

Luisa Belchior , 30, vive em Madri desde 2009. É doutoranda em Migrações Internacionais pela Universidade Complutense de Madri, onde cursou também especialização em Informação Internacional e Países do Sul. Começou na Folha em 2007, na sucursal do Rio, cobrindo os casos de violência da cidade. Antes, trabalhou no “Jornal do Brasil” e em “O Fluminense” e viveu seis meses nos Estados Unidos. É formada em jornalismo pela PUC do Rio de Janeiro. De Madri, é também correspondente da "Globonews" e da “Radio França Internacional” e faz colaborações para a revista “Vogue”.
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Comentários

  1. André comentou em 25/09/13 at 12:45 am

    Corrupção não é privilégio de Brasil ou Espanha; há em todo lugar, o que diferencia é a consequência de se roubar no Brasil ou no Japão, por exemplo.

    • Luisa Belchior comentou em 25/09/13 at 5:32 pm

      Concordo André,
      Obrigada pelo comentário.
      Abs,
      Luisa.

  2. murilo comentou em 20/09/13 at 7:52 am

    A rede de ferrovias deles,assim como metrô,saúde pública e ensino,são maiores e melhores do que por aqui.

  3. josé comentou em 20/09/13 at 6:32 am

    A diferença é que aqui o pete usa a corrupção para se perpetuar no poder(e deixa muito dos seus lideres riquíssimos).Opera como um partido não constitucional que usa os recursos da democracia e do estado de Direito para chegar no poder elá se perpetua primeiro corrompendo as instituições e leis e depois instalando um governo autoritário e popular.Parece que tem o projeto de ser a china dos trópicos.

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