Barajas acorrentado
07/10/13 12:58Já havia lido a notícia, mas só a percebi de fato esta manhã, ao chegar em Madri de um voo do Brasil. Quase sem olhar, pela força do hábito, puxei um carrinho no setor de esteira de malas. Ao levar um tranco, lembrei: desde abril, o aeroporto de Barajas, em Madri, cobra € 1 (cerca de R$ 3) para usar os carrinhos de mala.
Parece pouco dinheiro e pouca notícia, mas não é só pelo € 1 que escrevo este post.
Desde o ano retrasado, chegar, sair e circular por, até então, um dos aeroportos europeus com mais mobilidade tem ficado mais caro. E não por acaso: o fluxo de passageiros em Barajas deve cair de 50 milhões para 38 milhões de pessoas ao ano, sobretudo por causa da fusão da espanhola Iberia com a britânica British Airways, que transferiu a Londres rotas que antes passavam em Madri. Sobretudo no terminal 4, onde tirei a foto abaixo. É lá que aterrissa a grande maioria dos voos de fora da Europa e no qual a Iberia tem uso exclusivo entre as companhias espanholas.
Primeiro foi o preço do metrô de Madri, que cobrava um suplemento de € 1 sobre o € 1,50 da tarifa normal para o acesso direto a Barajas. Entã0, por € 2,50 e 40 minutos, você chegava com tranquilidade dentro do aeroporto, onde há a parada final da linha 8 do metrô de Madri.
Com a crise e o aperto nas contas públicas, o governo madrilenho, um dos mais endividados do país, acabou com o privilégio de ser a grande cidade europeia com o acesso mais fácil e barato ao aeroporto internacional. Diminui a frequência da linha e aumentou o preço do suplemento a Barajas para € 3.
Em abril deste ano, a Aena, gestora dos aeroportos do país, passou a cobrar € 1 para que passageiros possam usar os carrinhos desde a entrada até a porta de controle. A partir daí, o uso de carrinhos é gratuito. Por enquanto.
Sempre achei o aeroporto muito prático: fácil de chegar, fácil de sair, fácil de se locomover, amplo, agradável. Ontem, ver os carrinhos do aeroporto de Barajas acorrentados uns aos outros foi para mim o exemplo prático de que já não é tão fácil assim.
Não tinha moedas para inserir na máquina que me daria a ficha que libertaria um dos carrinhos, sai arrastando as duas malas até o portão de saída…
“British Airways, que transferiu a Londres rotas que antes passavam em Madri. ”
Poderia ser mais especifica? (nomes das rotas transferidas).
Segundo último relatório da Sepla, Amsterdam, Johannesburgo, Fortaleza, Recife e Córdoba foram transferidas totalmente– ou seja, para fazer essas viagens pela Iberia de Madri, é preciso passar por Londres, pois são voos agora operados pela British.
Sepla e apenas um sindicato dominado pelos pilotos da Iberia que sua unica funçao e contaminar. Pensei que voce tinha mais criterio.
Vamos aos fatos: 1. Cordoba: BA nao tem voos diretos a Cordoba e atraves de codeshare. Iberia esteve 31 anos sem realizar essa rota e foi retomada em 2010. Alem disso a Iberia tambem tem codeshare a Cordoba 2. Johannesburgo: Nao tinha frequencia diaria e alem disso o preço medio em classe turista estava em quase 2.000 € e a concorrencia (Air France, KLM, Swiss e Lufthansa, British) ao redor de 1.000 € ou menos. 3. Fortaleza: A British nao tem voos diretos de Londres para Fortaleza e para Iberia era considerado um destino sazonal. 4. Amsterdam sim foi anualdo.
Caro Moo,
Consulte você mesmo a planilha de voos na própria Iberia e você verá que eles casam com o que você chama de “apenas um sindicato dominado pelos pilotos da Iberia”. Desculpe ter de descordar de você, mas acredito e confio nos meus critérios. Claro que você é livre para fazer o mesmo ou não e, obviamente, deixar de acompanhar este blog, o que eu acho uma pena, se não é do seu agrado, como parece ser sempre o caso.
Abs,
Luisa.
Eu escrevo com conhecimento de causa e digo mais… Voce nao contrasta informaçao? Fica como um loro repetindo informaçao de um sindicato? Se continuar por esse caminho nunca vai chegar a jornalista, vai morrer blogueira. Insisto nos fatos: 1. BA nao tem voos diretos a Cordoba ou Fortaleza. 2 Johannesburgo era uma rota complicada para Iberia, alem de nao ter frequencias diarias, custava o dobro! 3. Amsterdam e a unica informaçao correta que voce postou. Mais claro impossivel.
Então não entendo,
Se você tem esse “conhecimento de causa” – cuja fonte que você tanto me pede você não cita – porque pergunta? Só para implicar?
Este é um espaço livre para compartilhar, e não repetir, informações sobre a Península Ibérica. O conhecimento está aí para ser compartilhado – você o faz se quiser.
Aliás, aproveito para compartilhar um com você: ser blogueira, o que eu adoro fazer, é apenas mais uma das atividaes de um jornalista, minha profissão por formação, e de qualquer outra pessoa que queira fazê-lo.
Agora Moo, como já lhe falei, se você não gosta deste blog, é livre para não acompanhá-lo mais. Mas me parece que esta é a única maneira de você exibir seu tal conhecimento de causa.
Abs,
Luisa.
Caro,
Córdoba, Fortaleza e Johannesburgo eram rotas da Iberia em Barajas, cujo código aliás é MAD e não BA.
Abs.
pagaria de bom grado aqui no Rio de Janeiro qualquer real a mais para ter a metade dos serviços que esse aeroporto daí oferece
Concordo com a crítica, principalmente a referida a o perjuicio para o aeroporto depois da união da Iberia com o British Airways. Também não gosto de pagar carrinho mas acho justo o preço do suplemento pelo uso do transporte no aeroporto. Com certeza você conhece as principais capitais da Europa, em todas o preço para chegar no centro é muito maior (uns 15, 18, 20 euros e até mais) então 5 euros para entrar no metro e chegar até a porta do Sol em 30 minutos não acho demais. É simplesmente uma forma para a contribução nos gastos da cidade que tem muitos. Madri é para mim a mais cómoda grande cidade da Europa.
Ótimo texto! Acho que essas medidas podem sair pela culatra e afastar os turistas ainda mais, não?