Bicicleta em Madri, parte 2
30/11/13 12:59Outro dia comentava, neste post, que Barcelona supera em muito Madri no quesito ciclovias e mobilidade em bicicleta.
Hoje, um estudo de uma organização espanhola para o uso de bicicleta certifica isso. Mas aponta também para uma tendência crescente na capital espanhola que eu conhecia pouco: um enorme movimento cidadão e empresarial em prol desse meio de transporte.
A pesquisa identifica um aumento no número de profissionais liberais que, mesmo em tempos de crise, investem em negócios cujo pano de fundo é a bicicleta.
É uma forma, afirma, de tentar alternativas às iniciativas por parte do poder público. Como contei no post anterior sobre o tema, o governo madrilenho já tinha no papel e em vias de licitação um projeto de expansão das ciclovias. Mas, com a crise, ele foi um dos primeiros a ir para a gaveta.
Vendo notícias sobre o estudo, lembrei de uma simpática lojinha de venda e conserto de bicicletas que abriu as portas há alguns meses no meu bairro. Aproveitei o tema e passei lá à tarde para conversar com os donos. Eles me contaram que, sim, este tipo de investimento ainda é um risco grande neste momento no país. Mas que, ao mesmo tempo, o tema bicicleta atrai muitos consumidores.
Lá, ciclistas vão não só para comprar bicicletas ou peças para as que já têm mas também para trocar experiência sobre a difícil arte de utilizar este meio de transporte em Madri.
Como também já contei neste blog, a falta de ciclovias na cidade faz com que os ciclistas tenham que se equilibrar entre avenidas e calçadas estreitas, onde não é permitido pedalar.
Para evitar caminhos perigosos, eles criaram até este site, que dá dicas de rotas para fugir de avenidas e de aglomerações de pedestres. Pelo menos, enquanto a ciclovia não vem.