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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Caem os juros, sobe o consumo

Por Luisa Belchior
08/11/13 11:05

BARCELONA

A inesperada redução dos juros anunciada ontem pelo Banco Central Europeu caiu muito bem aqui na Espanha e animou as já otimistas perspectivas de que o país está, finalmente, no caminho de saída da crise.

Por duas simples razões: a Espanha quer voltar a ter consumo interno, que nos últimos cinco anos definhou quase no mesmo ritmo que o do Brasil crescia.

E outra: os espanhóis ainda pagam hipoteca, e muita, dos imóveis que adquiram nos anos de crédito fácil, antes de 2008. A maioria delas é baseada no Euríbor, o principal indicador europeu para hipotecas e que já caiu hoje depois da queda de juros anunciada ontem por Mario Draghi –a um mínimo histórico de 0,25% ao ano.

Por isso, essa queda afetará diretamente, e positivamente, o bolso de quem ainda deve aos bancos.

No plano macro, o principal motivo de celebração é o possível aumento do consumo interno, que já tem tido uma melhora por aqui. Mesmo que o excesso de consumo tenha sido um dos motivos que tornaram a Espanha um dos países mais afetados pelo estouro da crise em 2008.

Uma frase que ouço repetidamente por aqui de todos os lados –de economistas a taxistas– é que até então o país vivia acima de suas possibilidades. Ou seja, o governo e os cidadãos gastavam em demasia, motivados pelo rápido crescimento de suas contas.

Mesmo assim, a perspectiva de uma melhora rápida no consumo não assusta por aqui, segundo me disseram economistas com quem conversei durante um encontro que reúne 2.500 ex-alunos da escola de economia IESE nesta manha aqui em Barcelona.

“A Espanha sofreu uma queda de consumo de tal magnitude que não há como pensar em excesso de consumo agora. Que o consumo comece a se liberar agora é uma boa notícia”, disse o ex-conselheiro do Banco Central Europeu José Manuel González-Páramo, da IESE.

Perguntei a eles e seus colegas se não preocupava uma dependência escessiva no consumo, como pode estar acontecendo agora com o Brasil. “O último que há que temer agora é que se dispare o consumo”, rebateu o economista Alfredo Pastor.

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Fuga no Congresso espanhol

Por Luisa Belchior
05/11/13 16:08

À primeira vista, a cena parece acelerada por efeitos de vídeo. Não é: são deputados espanhóis correndo, literalmente, segundos após o fim de uma sessão parlamentária na última quinta-feira, véspera de feriado aqui na Espanha.

Era a última votação da semana no Parlamento espanhol, embora não menos importante. Os deputados discutiam nada menos que propostas para a reforma das pensões, uma das mais polêmicas do atual governo.

Quando o presidente da mesa abriu a sessão para a votação, os deputados apertaram o botão e saíram correndo, sem esperar a contagem de votos e a abertura de discussão habitual. Deixaram o presidente da sessão falando sozinho, ao que lhe coube dizer: “não será debatido no pleno”.

Este vídeo mostra toda a cena.

No corredor, deputados alegavam que tinham que correr “para não perder o voo”. Toda a cena foi reproduzida nos jornais televisivos e obviamente viralizou nas redes sociais desde então, gerando discussões sobre o ritmo de trabalho na Espanha. Coincidentemente, dias antes o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, esteve em Madri e pediu que “se trabalhasse mais” por aqui.
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Lisboa protesta, de novo

Por Luisa Belchior
31/10/13 22:42

Hoje é feriado por aqui. Mas, em Lisboa, o dia foi de protestar.

Como já comentei aqui há um tempo, os portugueses têm trocado uma postura mais melancólica diante da crise que acomete o país pelas manifestações. Nesta sexta-feira, trabalhadores e aposentados marcharam sob o lema “Não ao Orçamento da exploração e do empobrecimento”, introdução que já deixa óbvio o principal alvo atual dos protestos por lá.

A aprovação do Orçamento de 2014, com ainda mais austeridade, tem gerado uma nova onda de revoltas no país.

Os manifestantes caminharam até o Parlamento português, onde líderes sindicais anunciaram outra grande manifestação, no próximo dia 26. Não por acaso, é o mesmo dia em que o Parlamento fará a votação final do Orçamento.

E prometeram um dia de “indignação, protesto e luta”, nas palavras do líder sindical Arménio Carlos, para mostrar que seguem dispostos a brigar contra a política de austeridade que o governo português adota desde 2011, quando o país foi socorrido pela União Europeia.

O texto do Orçamento, que corta salários de funcionários e até pensão de aposentados, “até pode ser aprovado pelo Parlamento, mas continuará a ser rejeitado todos os dias pela população”, avisou, em discurso no fim do protesto.

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Diego Costa, espanhol

Por Luisa Belchior
31/10/13 17:27
A opção do atacante brasileiro Diego Costa por defender a seleção espanhola em detrimento da brasileira não chegou a alcançar por aqui as repercussões e polêmicas geradas no Brasil, mas mesmo assim fez barulho.
Ontem, no dia seguinte ao anúncio de Costa, estive no treino do time principal do Atlético de Madri, onde Costa joga atualmente.
E daí o primeiro motivo para o barulho pela escolha do brasileiro: ele é atualmente o goleador do campeonato espanhol. Pela primeira vez em mais de um ano, seu nome tem sido tão ou mais citado nos noticiários esportivos que os de Cristiano Ronaldo e Messi, as estrelas do Real Madrid e do Barcelona, respectivamente.
O outro motivo é que, apesar dos pesares do futebol brasileiro, ter um representante com o selo verde e amarelo em sua seleção já é por si só razão para comemorar. E a Espanha, mesmo com a auto-estima alta –aliás bem, bem alta– no que diz respeito a seu futebol, o fez.
E não foram só os torcedores do Atlético que, comigo, fizeram plantão na porta do estádio para parabenizar Costa. A imprensa espanhola celebrou bastante a decisão de brasileiro em jogar pela seleção do país. Ontem, nos jornais, sites e noticiários televisivos, o caso Diego Costa só foi ofuscado pelas polêmicas declarações do presidente da Fifa, Joseph Blatterr, feitas anteontem sobre o atacante português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Em uma imitação irônica da maneira de andar do atacante do Real Madrid, Blatter disse que o português gasta muito com cabelereiro e afirmou preferir Messi.
As notícias celebravam a possibilidade de que Costa dispute a Copa do Mundo pela Fúria. “Não que a Espanha precise dele para ganhar, mas sua escolha é bem-vinda”, disse o apresentador do noticiário esportivo da rede de televisão Sexta, Josep Pedrerol. O jornal “Marca”, principal esportivo da Espanha, chamou Costa de “o novo centroavante da seleção espanhola”.
Embora tenha manifestado a vontade de jogar pela Espanha, a convocação de Costa para a Fúria ainda não é certa. O técnico Vicente Del Bosque deve anunciá-la no dia 7 de novembro.
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A espionagem na Espanha

Por Luisa Belchior
30/10/13 19:39

Nem tanto lá como o Reino Unido, nem tanto cá como a Alemanha. Nessas recentes denúncias de espionagem dos Estados Unidos a chefes de Estado e governos europeus, a Espanha tem adotado uma postura mais, digamos, em cima do muro.

E não é por apatia –até porque espanhóis costumam ser tudo menos apáticos: é que os serviços secretos da Espanha e dos Estados Unidos mantêm há cerca de 15 anos parceria para troca de informações.

O principal motivo é a proximidade dos ibéricos do norte da África, onde há forte e crescente presença e grupos terroristas, Al Qaeda incluída.

O acordo pendia mais para o lado norte-americano até 2004, quando os atentados ao metrô de Madri, de autoria da Al Qaeda em represália ao envio de tropas espanholas ao Iraque, fez o governo espanhol depender mais do serviço secreto norte-americano.

Como essa parceira foi feita pelo então premiê espanhol José Maria Aznar, de seu partido, o atual chefe do governo da Espanha, Mariano Rajoy, tem feito esforços para mantê-la.

O que inclui seu próprio governo fornecer informações para a suposta espionagem dos Estados Unidos, segundo versão apresentada hoje pelo governo norte-americano.

A Espanha é o caso mais recente do escândalo de espionagem da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) revelados por documentos filtrados pelo ex-funcionário da agência Edward Snowden.

Segundo uma reportagem do jornal “El Mundo” de segunda-feira, a ANS interceptou 60 milhões de telefonemas na Espanha em apenas um mês –no mesmo período em que grampeou outros 70 milhões na França.

Hoje, o jornal também afirma que a Espanha colaborou na espionagem. O governo de Rajoy o nega.

Mas o que se diz por aqui é que a espionagem sobre investigações de atividades terroristas na Espanha pouco preocupa o governo. O que deixa a equipe de Rajoy, e empresários espanhóis, de cabelo em pé, é a possibilidade de que a NSA tenha interceptado conversas de multinacionais espanholas.

Empresas como Telefônica, Repsol e Santander têm investido pesado em aquisições e expansões no exterior e operações estratégicas. No Brasil, por exemplo, a Telefônica estaria atuando secretamente para forçar a venda da TIM, sua principal concorrene no país, como a Folha noticiou ontem.

Não à toa, segundo análises por aqui, hoje o premiê Mariano Rajoy se limitou a pedir prudência ao se falar sobre as denúncias de espionagem por parte dos Estados Unidos, embora seu chanceler já tenha classificado de inaceitável essa possibilidade.

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Acidente revela crise no minério espanhol

Por Luisa Belchior
29/10/13 20:28

O setor do minério é um dos mais conflitivos aqui da Espanha. Há anos, funcionários do setor protestam contra os constantes cortes na produtividade e nas ajudas do governo, que segundo eles vêm afetando a segurança nas minas.

Ontem, como a Folha noticiou, seis mineiros morreram por asfixia com o vazamento de um gás tóxico em uma mina em Leon, no centro norte do país.

A polícia investiga as causas do vazamento, que segundo trabalhadores do local pode ser fruto de falhas de segurança.

As minas de todo o país entraram em greve de 48 horas para protestar contra as condições no setor e em sinal de luto pelo acidente, que foi o mais grave em minas nos últimos 18 anos.

Mas, mesmo ainda de luto, os trabalhadores do setor também voltaram a protestar. Sobretudo porque,  nas duas últimas décadas, a exploração de minério vem sendo alvo de cortes e diminuição gradativa de ajudas do governo.

A redução das atividades nas minas espanholas foi uma exigência da União Europeia para a entrada do país no bloco. Na época, o setor tinha cerca de 26 mil funcionários. Hoje, não chegam a 8 mil, e segundo um acordo do governo com sindicatos, cairá para 4 mil até 2018.

No ano passado, mineiros e seus familiares fizeram protestos violentos em Astúrias, no norte da Espanha, contra o corte das ajudas do governo.

A mina onde ocorreu o acidente permanecerá fechada até o fim das investigações sobre o caso.

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Direitos no lixo

Por Luisa Belchior
28/10/13 20:04

Já falei aqui como as manifestações já fazem parte da rotina aqui de Madri, sobretudo do centro, onde vivo.

Este fim de semana, o alvo foram os cortes na Saúde e na  Educação, cujo ministro, José Ignacio Wert, um dos políticos mais odiados pelos espanhóis atualmente por conta de sua polêmica reforma no setor.

Passei pela Porta do Sol no fim de um dos protestos, e eis que encontrei essa imagem, para mim uma das mais simbólicas que já vi até agora nos protestos daqui:

Topei com esta lixeira assim no caminho de um café, onde estive por umas duas horas para ler os jornais. Na volta, ela já estava limpa. Sinal de que, intecionalmente ou não, os serviços de coleta de lixo ainda funcionam bem por aqui…

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Fim da recessão. Fim da crise?

Por Luisa Belchior
25/10/13 20:34

BRUXELAS

Desde o início do ano, há espasmos desse discurso. Há duas semanas, ele foi o tema de um encontro de economistas com correspondentes estrangeiros em Madri. Na semana seguinte, a bolsa espanhola viveu dias de euforia recordes. Ontem, no mesmo dia em que a Espanha viu baixar em 72 mil pessoas sua espantosa taxa de desemprego, quatro colegas fizeram bons comentários quando contei que vivia na capital espanhola.

Isso porque nesta semana todo essa especulação se tornou oficial: a Espanha saiu da recessão, a mais longa da história democrática do país _ainda que tenha sido por um décimo. Pelo menos foi o  que disse o Banco Central espanhol esta semana, ao apresentar a previsão do PIB para o terceiro trimestre do ano, com crescimento de 0,1%.

É de fato a primeira vez que ouço falar em crescimento desde que vim morar na Espanha. O que se questiona agora no país é se o fim da recessão significa também o fim da crise econômica.

Aqui em Bruxelas, o premiê espanhol Mariano Rajoy se apressou em garantir que sim a seus homólogos europeus com quem participou de cúpula na capital belga nesta semana. E parece que muita gente por aqui já acreditou. Ante o jornal local que anunciava o fim da crise na Espanha, jornalistas vieram me perguntar se de fato a crise acabou no país.

Mas ainda parece haver um longo caminho para a economia do país. Ainda é preciso juntar os cacos _e não são poucos_ da crise econômica. A começar pela taxa de desemprego, que embora tenha baixado continua na assombrosa casa dos 26% _enquanto que no Brasil ela passa pouco de 5%. O país ainda tem que resolver também os altos preços pagos pelos juros dos leilões de seus títulos, a escassez de investimentos, o alto endividamento do governo central e dos locais, principalmente prefeituras, e por aí vai.

O próprio ministro de Economia, Luís de Guindos, admitiu que ainda há a crise por resolver. Para economistas do IESE (Instituto de Ensino Superior de Empresas) com quem conversei há duas semanas, também. Alavancar outra vez a economia do país, opinam, vai requerer tempo.

Primeiro porque o mais de um quarto da população economicamente ativa em desemprego torna difícil para o governo estimular o consumo. Depois por causa da escassez de crédito disponível no mercado espanhol. E, por último, devido à meta de redução do déficit público: com isso, qualquer investimento resultará em uma contração no curto prazo.

O caminho, dizem, pode ser tirar o foco do crescimento. “O Japão teve 20 anos de crescimento econômico com empresas magníficas, e isso pode acontecer com a Espanha. Não é a primeira vez que a Europa tem um longo período sem crescimento”, comentou o economista Javier Díaz-Giménez.

Já movimentos sociais protestaram esta semana que, se a recessão chegou ao fim, o mesmo deveria acontecer com a política de cortes, que continua na ativa…

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Cinema mais barato. Mas só por três dias

Por Luisa Belchior
23/10/13 22:07

A Cultura é sem dúvida um dos setores mais castigados pela crise econômica aqui na Espanha. E por todos os lados: cortes no Orçamento, aumento de impostos e queda de público, que passou a gastar menos em lazer.

Esta semana, Madri tentou dar uma sacudida nas salas de cinema e fez um festival que, por três dias, cobrou por cada sessão € 2,90 (cerca de R$ 9). O preço é cerca de um terço da tarifa normal atual por aqui, dependendo do dia da semana e da sala.

O festival, em sua primeira edição mostrou que os moradores de Madri continuam muito dispostos a ir ao cinema. O público superou as previsões iniciais do festival –que eu erroneamente havia achado superestimadas.

As longas filas que eu vi ao longo dos três dias em salas de cinema provaram o contrário.

Segundo a organização da “Fiesta del Cine”, como é chamado o festival, só no primeiro dia as salas participantes venderam 330 mil entradas e arrecadaram cerca de € 1 milhão. Na comparação com a segunda-feira da semana passada, um aumento de 550% de público, ainda de acordo com o festival.

Há dois anos, os setores do cinema e do teatro vivem em pé de guerra com o governo, porque foram os setores com a maior subida de impostos do país. De 8% que se cobrava pelo IVA, o Imposto sobre Valor Agregado, a equipe de Mariano Rajoy aumentou essa arrecadação para nada menos que 21% na última grande subida de impostos que fez.

Algumas salas aumentaram o preço das entradas; outras arcaram com o aumento dos impostos e acabaram falindo. Por isso, a Fiesta del Cine também adquiriu tom de protesto. Em várias filas, se distribuíam panfletos contra o aumento dos impostos. A Federação de Associações de Produtores Audiovisuais da Espanha usou as longas filas para defender sua tese: a Espanha ainda tem muito público para a cultura. Só não tem dinheiro para arcar com o aumento de impostos.

Mas o governo se fez de surdo. O único a falar sobre o festival foi o ministro de Educação, José Ignacio Wert, fez como se não fosse com ele e declarou: “As pessoas, quando são brindadas com a oportunidade, respondem”.

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Bill Gates investe na Espanha

Por Luisa Belchior
22/10/13 19:10

Os partidários de que a Espanha começa a ver a luz no fim do túnel ganharam hoje um aliado de peso.

E que peso. Ninguém menos que Bill Gates passou a integrar um crescente time de investidores que voltaram a colocar seu dinheiro na Espanha. O fundador da Microsoft comprou ações da megaconstrutora espanhola FCC, e se tornou o segundo maior acionista dela.

O negócio foi fruto de uma negociação de meses, o que indica que investidores como Gates já começavam a enxergar um bom negócio na economia espanhola, depois da violenta fuga de capitais que o país sofreu nos dois últimos anos.

Com a compra, a Bolsa de Madri só faltou soltar fogos de artifícios. Só as ações da FCC dispararam em 8% depois do anúncio. Mas a euforia não veio só por causa da compra de Bill Gates: a Bolsa havia fechado a semana passada em alta, uma das maiores desde o início da crise.

O que alimentou os argumentos de que a crise já começa a descer a ladeira por aqui. O premiê Mariano Rajoy afirmou que “os indicadores econômicos apontam que a recuperação já chegou”.

A maioria das opiniões de especialistas aqui ainda é mais prudente. Mas ninguém nega até agora que o olho de investidores estrangeiros começam a se abrir para o país.

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