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Luisa Belchior

Diário Ibérico

Perfil Luisa Belchior é correspondente-colaboradora em Madri

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Catalunha de mãos dadas

Por Luisa Belchior
11/09/13 14:58

Imagine uma corrente humana formada por pessoas que dão as mãos em uma extensão de 400 quilômetros.

Cidadãos da Catalunha não só imaginaram com a colocaram em prática nesta quarta-feira, em que se celebra a Diada, uma espécie de dia do orgulho catalão por ser a data que relembra a batalha, no século 18, de Barcelona com tropas da monarquia espanhola, que tomaram o controle da região.

O 11 de setembro catalão é celebrado anualmente com atos oficiais e passeatas, mas tem sido nos últimos anos o ponto nevrálgico do pleito separatista da região –e uma demonstração de que a vontade de independência na região é ainda massiva e crescente.

Ano passado, para quem não lembra, o ato passou de alguns milhares de manifestantes para um pleito de milhões de pessoas pedindo a independência da Catalunha, projeto encampado pelo presidente da região, Artur Mas, que anunciou a realização de um referendo sobre a separação da região.

Um ano depois da marcha que deu obrigou toda a Espanha a repensar o pleito separatista catalão, os grupos separatistas, membros do governo local incluídos, buscaram uma nova forma de mostrar que cidadãos partidários da independência continuam unidos e numerosos. Formaram, então, essa corrente humana, com uma ponta em vilarejos dos Pirineus no extremo norte a povoados às margens do Mediterrâneo no extremo sul da Catalunha, chegando até a cidades da vizinha Comunidade Valenciana.

Este ano, a realização ou não do referendo sobre a autodeterminação catalã, virou a grande jogada da partida entre uma Espanha que aceita e outra que nega o separatismo. O governo central briga na Justiça para derrubar a realização do pleito, que o governo catalão tornou sua bandeira principal.

Ante a dificuldade de diálogo com a equipe do premiê Mariano Rajoy, no entanto, o presidente catalão, Artur Mas, já estuda adiar o referendo para 2016, dois anos depois do inicialmente estimado. O que só fez aumentar sua já expressiva rejeição por partidários do separatismo. Muita gente acha que Mas encampou a luta independentista para cooptar apoio e manter-se no governo.
Mas dentro mesmo da Catalunha o tema ainda divide muito a população. As últimas pesquisas sobre o tema mostra que metade dos catalães apoia a independência, e a outra metade defende que sua região siga sendo parte da Espanha. O que muita gente me conta cada vez que vou a Barcelona é que a maioria busca não se envolver muito no tema, até para não gerar brigas entre amigos.
Oficialmente, poucos partidos apoiaram o ato, entre eles a Esquerda Republicana, partido independentista com o qual o presidente catalão teve que fazer acordo no ano passado para poder governar, após perder representação no parlamento local.
Mas a demonstração de força expressa na corrente extrapolou o apoio político e, por isso, hoje toda a Espanha está de olho no ato, e em suas consequências, que resumirei a vocês no próximo post.

 

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Chove na esquerda

Por Luisa Belchior
11/09/13 12:11

Sei que em matéria de histórias, digamos, “curiosas” dentro de um Congresso Nacional, poucos países barram o Brasil. Mas a que aconteceu hoje no Congresso espanhol entra no páreo.

Por causa de uma fissura no teto, uma grande goteira inundou nesta manhã parte do salão da sessão plenária, onde estava o premiê Mariano Rajoy. O premiê foi abrir a primeira sessão do novo ano legislativo, depois do recesso de verão em que, tradicionalmente, as instituições espanholas entram em reforma.

E o Congresso havia passado por obras para melhorar o sistema de ar-condicionado e estruturas internas.

A goteira começou justamente no início da sessão, e o presidente do Congresso decidiu interrompê-la até que o problema fosse reparado, e as cadeiras, secas. E a piada do dia ficou por conta de que a goteira estava justamente em cima da imprensa e da ala formada pelos partidos de esquerda. Ambos grupos têm tido fortes embates com o premiê conservador, que vem fugindo de entrevistas e de encontros com os grupos minoritários da oposição.

Mesmo assim, os deputados e jornalistas não perderam o hábito dos espanhóis de rir de si mesmo. Brincaram, em redes sociais e entrevistas enquanto aguardavam o retorno da sessão, que a goteira foi a comprovação da política de Rajoy com a oposição: chove na esquerda espanhola.

O próprio Rajoy entrou na brincadeira e disse, em discurso na retomada da sessão, que promete não deixar a esquerda na chuva, uma metáfora para a garantia de que levará em conta suas reivindicações.

Mas a deputada do Esquerda Unida Irene Lozano viu na fissura do teto do Congresso a metáfora perfeita para a atual situação da economia espanhola: “nosso teto está em risco de desabar, e as obras de fachada, supostamente concluídas”.

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Café com leite

Por Luisa Belchior
10/09/13 12:33

Há quem diga que foi pela falta de controle de doping, de credibilidade internacional, de um vínculo forte com os esportes e de capacidade de financiamento. Outros apontam a proximidade com os Jogos de Barcelona, a apresentação de vídeo fraca.

Nas redes sociais, conversas de celulares e de bares, no entanto, o motivo pelo qual Madri foi a primeira eliminada, neste fim de semana, da disputa por sediar a Olimpíada de 2020 foi o inglês precário da prefeita da cidade, Ana Botella, ao defender a candidatura espanhola.

Antes de mais nada, peço licença para repetir o tema de ontem, mas a história tomou proporções tão grandes que achei oportuno contá-la aqui para vocês.

Mas é que a desastrosa apresentação de Botella virou a grande piada desta candidatura de Madri. Dispensando tradutores ou membros de sua equipe mais bem, digamos, preparados para falar inglês, a prefeita fez um discurso sobre as grandes vantagens da capital espanhola  –muitas das quais, aliás, eu, que vivo há quatro anos na cidade, concordo.

O que chamou a atenção, porém, não foi tanto o conteúdo do discurso, mas o seu tom, considerado exagerado e forçado pelos meios espanhóis, beirando o rídiculo.

O ponto alto da apresentação foi quando Botella fala das maravilhas de se tomar um “relaxing cup of ‘café con leche’ at Plaza Mayor” (uma relaxante xícara de café com leite na Plaza Mayor).

A frase virou hit. Ecoou fundo nas redes sociais, virou “meme” em questão de horas, tema de textos irônicos em todos os meios e piada pronta para  programas humorísticos. Vejam –e ouçam– o motivo da piada no minuto 1’44 deste vídeo, a versão completa da apresentação Botella.


Por causa do forte sotaque e do inglês precário –algo bem comum por aqui, ainda herança da ditadura franquista–, Ana Botella virou “Annie Bottle” nas piadas do caso (botella, para quem não sabe, significa garrafa em português, que, já em inglês, quer dizer “bottle”).

Até o “El País” já chama dessa maneira a prefeita madrilenha, e hoje deu reportagem sobre o salgado preço do “relaxing cup of café con leche” na Plaza Mayor, em cujos restaurantes e bares turistas, e só turistas, costumam se sentar.

Desde a manhã de ontem, não param de surgir novas piadas sobre o episódio, que já virou até  música –disponível neste link, para quem quiser escutar). Nas redes sociais, amigos meus espanhóis expressam vergonha alheia com a apresentação de Botella e o nível de inglês de muitos de seus políticos, que foi tema principal de um dos humorísticos mais famosos da televisão do país. No episódio –também disponível na internet, neste link–, o apresentador cita outros famosos que já foram motivo de piada ao falar inglês, como o jogador do Real Madrid e da seleção espanhola Sérgio Ramos e até o presidente do banco Santander, Emilio Botín.

No dia seguinte, fez graça até com a pronúncia do ex-ditador Francisco Franco e espeta a prefeita: “como colocando alguém que fale dessa maneira queremos convencer o COI de que na Espanha não há dopagem?”, brincou o humorista, em referência às críticas do comitê com o controle de doping no país.

Uma prova, para mim, que, crise e derrota olímpica à parte, a veia humorística dos espanhóis, principalmente na hora de fazer piada com eles mesmos, segue em alta.

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'Adiós' 2020

Por Luisa Belchior
09/09/13 10:23

Um clima de ressaca paira sobre Madri nesta segunda-feira, e não pelo excesso de festa típico de um fim de semana na cidade.

Como vocês devem ter visto, a capital espanhola não levou a disputa por sediar a Olimpíada de 2020, cujo resultado foi anunciado na tarde de sábado em cerimônia do COI (Comitê Olímpico Internacional) em Buenos Aires.

Uma notícia que por si só já justificaria a ressaca. Mas não acaba aí: esta é a terceira vez consecutiva, como alguns devem lembrar, que Madri perde a disputa pela cidade sede dos Jogos Olímpicos. E agora, da pior maneira, como a primeira eliminada entre os finalistas.

Isso porque a candidatura espanhola chegou à final como favorita, o que triplicou, portanto, a derrota decepcionante, como classificou o jornal “El País” em editorial da edição de domingo.

A crise econômica, e a subsequente queda na capacidade da Espanha de se financiar, e dúvidas no controle de doping no país foram os fatores que, internamente, mais pesaram contra a Espanha.

Mas há fatores externos também: primeiro, em 2012, a capital espanhola concorria com uma candidatura de peso no mesmo continente: Londres. Na disputa seguinte, perdeu não só para o Rio mas também para o fato de os Jogos anteriores já terem acontecido na Europa. Desta vez, acreditava-se que não haveria escapatória.

Inclusive porque, na disputa para 2016, Madri chegara na finalíssima junto com o Rio, despontando, justamente, Tóquio.

Mas aí veio a capacidade japonesa em se reinventar para colocar abaixo as teorias europeias.

Madri sempre jogou com o vantagem de ter 80% das estruturas exigidas para uma Olimpíada já prontas, além de um sistema de transporte público sólido e com um dos melhores níveis de funcionalidade da Europa. Foram esses dois pontos, aliás, que levaram a cidade à final para 2016 junto com o Rio.

Desta vez, porém, os pontos fortes da candidatura espanhola foram insuficientes ante Tóquio que, além das estruturas, mostrou ter bastante fundo de caixa, algo bem difícil de se ver na Europa nestes tempos de crise…

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Patrimônio à venda

Por Luisa Belchior
31/08/13 09:24

Em um momento de crise, vocês acham certo o governo colocar à venda parte do patrimônio público do Estado, abrindo mão de prédios históricos mas, por outro lado, com o argumento de dinamizar a economia e gerar mais fundos para o Tesouro?

Essa é uma discussão que caminha a passos largos na Espanha, destarte as crises políticas e diplomáticas que tomaram conta do país neste verão europeu.

Isso porque, no mês passado, no meio de um pacote com medidas para secar a estrutura pública, o governo espanhol anunciou a venda de 30% do patrimônio público do país. Parte deles já foi negociada em leilão.

O esquema funciona assim: o governo do conservador Mariano Rajoy fez um levantamento com cerca de 15 mil imóveis que fazem parte do patrimônio público espanhol atualmente inutilizados ou muito caros de se manter. Colocou-os então à venda, em leilões que serão realizados gradualmente até 2015.

São prédios históricos, palacetes, solares, a maioria hoje de propriedade de ministérios espanhóis, além de pequenos aeródromos e até um antigo quartel militar. E também terras em zonas rurais, algumas em bosques e colinas. Oito dessas construções, segundo o próprio governo, são construções singulares e, por isso, eram protegidas pelo Patrimônio Histórico da Espanha. É o caso da antiga sede da TVE, a televisão pública espanhola.

As vozes contra a venda do patrimônio espanhol argumentam que, além de abrir mão de bens históricos materiais do país, o atual governo ainda o faz em um momento desfavorável para a venda de imóveis, que baixaram muito de preço.

O governo argumenta que é uma forma de dar atividade para prédios que estão sem utilização. Mas não esconde que, ante uma dívida pública de mais de € 900 bilhões, sua prioridade é arrecadar dinheiro –até agora, esses leilões já renderam cerca de € 90 bilhões aos cofres espanhóis. Por isso, depois de tantos cortes e ajustes, Mariano Rajoy optou agora por esse programa de venda de patrimônio público.

O que vocês acham?
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'Made in UE'

Por Luisa Belchior
29/08/13 10:56

Esta loja do centro de Madri sempre me chamou a atenção pelo cartaz que exibia com certo tom de orgulho em sua vitrine: “made in UE.

A menção não era simplesmente informativa. Servia como uma espécie de contra-ataque às lojas do gênero de produtos, funcionários e preços chineses, que já tomaram conta das ruas da capital espanhola.

Poucas lojas de rua pequenas de roupas e calçados sobreviveram à entrada do comércio chinês.

Nesta loja, já se notava a força da concorrência oriental: além de recorrentemente vazia, recentemente havia colocado outro cartaz: “admite-se clientes”.

Com as brincadeiras, a loja era um desses resistentes à crise e aos chineses. E digo era porque, quando passei por lá na semana passada, o cartaz na vitrine já era outro: liquidação por fechamento…

” 

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Sesta na praia

Por Luisa Belchior
26/08/13 12:32

VALÊNCIA

Aproveitando a série de posts de verão, aproveito para mostrar a vocês essa imagem que sempre me chama a atenção –já que, no Rio, tive minha bicicleta roubada mesmo com dois cadeados.

Com maior ou menor intensidade, a sesta –a soneca espanhola depois do almoço– ainda é sagrada para o pessoal aqui. Até mesmo em um dia de praia.

Por isso, em cidades pequenas da costa espanhola, moradores locais têm o hábito de deixar guarda-sol e cadeiras na areia enquanto vão à casa almoçar e fazer a sesta. Enquanto isso, fecham seu “acampamento” na praia mas não o desmontam. Deixam tudo ali, guardando lugar para quando voltarem.

Esta foto foi tirada em um sábado na praia de Cullera, município a 30 minutos de Valência, na hora do almoço, e por isso a praia está vazia. No resto do dia, ela ficou lotada.

Tirando a hora da sesta, claro.

 

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'Not Spain', parte 2

Por Luisa Belchior
25/08/13 12:20

VALÊNCIA

No começo deste mês, falei neste post das demonstrações de separatismo que costumo ver sempre que vou a regiões como a Catalunha, o País Basco e a Galícia.

Mas isso não é exclusivo dessas três zonas.

Estou em Valência neste fim de semana e acabo de me deparar com esta sutil reivindicação do valenciano, o idioma oficial daqui, junto com o castelhano. Os riscos nas palavras as tornam similar à sua tradução em valenciano:

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Na crise, olhe para fora

Por Luisa Belchior
22/08/13 10:54

Há quem diga que tempos de crise são um bom momento para olhar para dentro. A Espanha não tem dado muito ouvido a essa máxima, e tem visto no lado de fora a saída para o espiral dee recessão ao que leva cinco anos preso.

E não é só por jovens que deixam o país em busca de trabalho. Os empresários, da menor à maior escala, têm visto no mercado externo uma opção viável de reaquecer a economia espanhola.

E pelo que mostra uma pesquisa do governo divulgada nesta quinta-feira, a tática começa a funcionar. Segundo os dados, a Espanha bateu recorde de exportação no primeiro semestre deste ano. O país, afirma o estudo, nunca havia exportado tanto desde 1971, quando o governo começou a recopilar esses dados.

Com esse recorde, entraram nos cofres do país cerca de € 118 bilhões, cifra que colocou a balança comercial espanhola perto do equilíbrio.

Claro que a queda do consumo interno também motivou esse equilíbrio. Prova disso é que, enquanto as exportações subiram a níveis nunca antes alcançados, as importações caíram 3,2%, somando cerca de € 124 bilhões.

Sem mercado interno, as empresas tiveram que ir buscar fora do país consumo para seus produtos. E acharam sobretudo nos emergentes, com destaque para o Brasil, nas palavras do secretário de Estado de Comércio, Jaime García López.

Com preços mais baixos, o produto espanhol tornou-se mais atrativo. E me refiro também ao turismo do país, que, como as exportações, bateram recorde de visitas de estrangeiros durante o mês dee julho, com 34 milhões de visitas, também segundo o governo, um aumento de 4% com relação ao ano passado.

Desde 1995, a Espanha não recebia tanta gente, sobretudo europeus, que, em crise, veem nas praias espanholas opções razoáveis de férias.

São nuances que, segundo se diz por aqui, mostram que, para sair da crise, a Espanha pode buscar caminhos contrários aos da
União Europeia, a quem o governo espanhol tem sido fiel até agora.

Um exemplo disso é que, enquanto o país ibérico bateu recorde de exportações, na média europeia essa atividade caiu em cerca de 1% no mesmo período.

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Dalí na madrugada

Por Luisa Belchior
21/08/13 11:07

Não há um dia deste verão que eu tenha passado em frente ao museu Reina Sofia, o segundo maior aqui de Madri, bem perto da minha casa, sem ver uma fila enorme, mesmo sob o sol de 40ºC.

Isso por si só já seria um bom termômetro para a popularidade da mostra sobre Salvador Dalí que o museu exibe desde o fim de abril.

Mas esta semana o Reina Sofia constatou o que já se previa: Ainda que as obras do surrealista catalão não sejam exatamente uma novidade para os espanhóis, a exposição acaba de se tornar a exposição mais visitada na história da Espanha. Desde 27 de abril, quando a mostra foi inaugurada, até agora, 630 mil pessoas já passaram pelos corredores do museu Reina Sofia.

A exposição é a maior já organizada sobre Dali, com 200 obras de vários museus, como o Tate, de Londres, e o MoMa, de Nova York, além de coleções particulares, entre manuscritos, desenhos, fotos, filmes e, claro, pinturas do catalão.

Ainda dá tempo, pouco, é verdade, de vê-la: a mostra vai até o dia 1º de setembro. E, para dar vazão às filas e aproveitar o bom tempo das noites de verão na capital espanhola, o Reina Sofia decidiu prolongar o horário de visita nesta semana. Até o dia 1º de setembro, as salas da mostra estarão abertas até às 23h, e nos dois últimos dias, até a 1h.

Se alguém estiver por aqui estes dias, uma dica: a partir das 19h, a entrada é grátis para todos, o que não acontece, claro, sem muita fila. E não pense que essa hora o sol já baixou: por aqui isso só acontece lá para as 22h durante o verão.

Mas os espanhóis e turistas não tem parecido se importar com o calor e sol forte. Enfrentam ambos e a fila grande para percorrer as nada menos que 11 salas de surrealismo, sonhos e fantasias de Dalí.

Talvez seja mesmo o que eles estão precisando nestes tempos de crises políticas e econômicas igualmente surrealistas…

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